Especialista explica como drones podem invadir instalações protegidas

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O recente ataque de drones a refinarias de petróleo sauditas provocou uma série de questionamentos: como um drone relativamente simples foi capaz de invadir instalações estratégicas protegidas do principal exportador de petróleo do mundo?

Em entrevista à Sputnik, o especialista russo Nikita Rodichenko, fundador e diretor técnico da empresa Tsuru Robotics, membro do renomado parque tecnológico russo Skolkovo, explicou essa questão.

Drones podem se infiltrar em instalações protegidas por sistemas de segurança graças ao seu sistema interno de navegação, caso o alvo não tenha nenhum dispositivo de supressão desse tipo de sinais, declarou Rodichenko à Sputnik.

"Os drones pequenos frequentemente são dispositivos muito simples que podem executar um rol de tarefas bem limitado. Justamente por causa da sua simplicidade, eles podem ser imunes aos sistemas de supressão", disse.

"Por exemplo, esse tipo de drone pode realizar ataques sem estar em contato com um centro de controle – eles podem simplesmente voar até o alvo usando seu próprio sistema de navegação interno. Se a instalação não detém nenhum tipo de sistema para suprimir os sinais de navegação, o drone atingirá o alvo sem ser impedido", explicou Rodichenko.

Ataques à refinaria saudita

Na madrugada de sábado (14), na Arábia Saudita duas refinarias de petróleo foram incendiadas em resultado de um ataque de drones. Após os ataques, o país do Golfo, que é o maior exportador e terceiro maior produtor de petróleo do mundo, anunciou um corte de mais de cinquenta por cento na sua produção diária – um corte de 5,7 milhões de barris dos cerca de 9,8 milhões de barris que produzia diariamente.

© REUTERS / Hamad I MohammedInstalações da Aramco em chamas após ataques na Arábia Saudita
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Instalações da Aramco em chamas após ataques na Arábia Saudita

Militantes houthis no Iêmen, que lutam contra a coalizão de países árabes liderados pela Arábia Saudita, assumiram a autoria dos ataques e o uso de drones. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, declarou que não há indícios de que o ataque tenha tido origem no Iêmen e acusou diretamente o Irã da autoria do ataque.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã, por sua vez, classificou as acusações de Pompeu como "mentirosas".

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