'Contos e mitos': especialista comenta 'plano louco da OTAN' contra submarinos soviéticos

© Sputnik / Pavel Lvov / Acessar o banco de imagensSubmarino nuclear K-535 Yuri Dolgoruky, da Frota do Norte da Rússia (foto de arquivo)
Submarino nuclear K-535 Yuri Dolgoruky, da Frota do Norte da Rússia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Vladimir Karyakin, acadêmico e ex-militar soviético comentou com exclusividade ao serviço russo da Rádio Sputnik a reportagem da revista National Interest sobre o "plano louco da OTAN" contra os submarinos soviéticos.

Hoje a Sputnik Brasil já publicou uma matéria sobre os métodos desenvolvidos pela OTAN contra os submarinos de Moscou durante os anos da Guerra Fria. Tais planos teriam sido publicados no livro "Caçadores Assassinos" do escritor naval Iain Ballantyne.

A ideia seria superar a invisibilidade da frota de 300 submarinos diesel-elétricos da União Soviética.

Naquela época, a OTAN se preocupava com a incapacidade de alcançar tal cifra de submarinos, publicou a revista National Interest.

Até mesmo usar bombas nucleares contra as bases de submarinos da URSS os comandantes da OTAN pensaram, disse a revista.

Desenvolvimento de ímãs

Em seu livro, Ballantyne disse que os comandantes da OTAN teriam desenvolvido ímãs próprios para detectar e acoplar-se a submarinos da frota vermelha.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o coronel e professor da Universidade Militar do Ministério da Defesa da Rússia, Vladimir Karyakin, comentou as afirmações de Ballantyne.

Em primeiro lugar, o uso de ímãs soa absurdo para Karyakin por uma razão muito simples: ímãs não são capazes de procurar ou encontrar submarinos debaixo d'água.

"Isso foi escrito para pessoas ingênuas, as quais acreditam em contos e mitos. Estes ímãs teriam que 'encontrar' o submarino, só que ele tem um revestimento do casco especial", disse Karyakin.

O casco dos submarinos soviéticos possuíam propriedades que não atraíam ímãs. Desta forma, este não poderia se acoplar a um submarino. Mesmo que em seu interior haja metais que interagem com ímãs, o mesmo não aconteceria com o casco feito de titânio.

"Tenta você mesmo. Pega um ímã e através de uma folha de papel ele vai colar na geladeira. Agora tenta fazer um mesmo com papelão no lugar de papel", comentou Karyakin.

Desta forma, a técnica que teria sido usada pela OTAN tal como conta Ballatyne soa muito irrealista e fantástica. O militar ressaltou que tal mito foi feito para mostrar a capacidade ocidental de caçar submarinos soviéticos, algo muito difícil de fazer.

"Isso não passa de mentira. É uma arma da guerra informativa, para que os ingênuos no Ocidente acreditem que é possível contrapor algo aos nossos submarinos", concluiu Karyakin.

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