Desdolarização a todo vapor: Rússia não pegará empréstimos na moeda americana até 2021

© Sputnik / Aleksandr Demyanchuk / Acessar o banco de imagensNotas de dólar e rublo (imagem de arquivo)
Notas de dólar e rublo (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil
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O Ministério das Finanças da Rússia informou que o país não pegará empréstimos em dólares americanos até 2021.

"Vamos pedir emprestado em outras moedas que não sejam o dólar", declarou o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, na quinta-feira (12), acrescentando que o país não pegará mais empréstimos em 2019.

"Este ano não temos planos de pedir mais empréstimos em mercados estrangeiros, temos cumprido o nosso programa e até mesmo o ultrapassamos. No próximo ano, veremos. Provavelmente não será apenas em euros, mas talvez em yuanes [chineses]", afirmou Siluanov.

Em março, o ministério russo emitiu euro-obrigações no valor de € 2,7 bilhões (R$ 12,2 bilhões) com vencimento para 2035. Três meses depois, o departamento financeiro emitiu euro-obrigações adicionais no valor de € 1,37 bilhão (R$ 6,17 bilhões) para vencer em 2029 e € 900 milhões (R$ 4 bilhões) em 2035.

© Sputnik / Aleksandr Demyanchuk / Acessar o banco de imagensRublo e yuan
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Rublo e yuan

Anteriormente, foi revelado que Moscou e Pequim estão trabalhando em uma nova forma de reduzir a dependência do dólar americano, uma vez que a Rússia planeja emitir o seu primeiro título denominado em yuan.

Lindando com sanções dos EUA

A medida visa ajudar as economias de ambos os países a lidar com as tarifas e sanções dos EUA, além de ajudar a Rússia a ampliar sua lista de credores estrangeiros. Embora os investidores chineses não comprem os títulos denominados em rublo, o lançamento dos títulos em yuan daria uma oportunidade de investir na dívida pública russa.

Em agosto, devido ao crescimento constante das reservas de ouro e de moeda estrangeira, a taxa da dívida pública relativa ao PIB da Rússia se tornou negativa pela primeira vez desde 2014, quando a economia do país foi atingida pelas sanções ocidentais e pelo colapso do mercado petrolífero.

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