Para que propósito Argélia adquire caças russos?

© AP Photo / Aijaz RahiCaças Su-30 MKI da Força Aérea da Índia na inauguração da exposição Aero India 2019 em Bangalore
Caças Su-30 MKI da Força Aérea da Índia na inauguração da exposição Aero India 2019 em Bangalore - Sputnik Brasil
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O contrato entre os países foi assinado durante o Salão Aeroespacial Internacional MAKS 2019, informou o portal argelino MenaDefence. Fontes na indústria de defesa da Rússia também confirmaram o acordo.

De acordo com a edição Vedomosti, a Rússia irá fornecer à Argélia 16 caças multifuncionais pesados Su-30MKI e 14 caças médios MiG-29M/M2. Os aviões Su-30MKI irão aumentar a frota desses aparelhos na Força Aérea da Argélia, que em 2007 adquiriu 58 aviões deste tipo.

Viktor Pryadka, diretor-geral da empresa Aliança de Tecnologias de Aviação Avintel, disse à Sputnik Árabe que os aviões Su-27 demonstraram seu valor na Síria.

"Há muito tempo se sabe que os caças Su-27 são dos melhores aviões do mundo até ao aparecimento dos aviões de 5ª geração [...] Os Su-27 estiveram bem na Síria. Ele é multifuncional. O seu propósito principal é a conquista da supremacia aérea, o qual ele cumpre de maneira excelente em comparação com o seu análogo F-15 estadunidense", disse Pryadka.

"Para além disso, o Su-27 tem capacidade de fazer bombardeamentos e realizar ataques com armamento de alta precisão [...] Penso que a Argélia, comparando tudo isso e tendo em conta a produção bem afinada, a qualidade adequada e a relação entre o preço e qualidade, escolheu exatamente este avião para resolução de suas tarefas", concluiu.

Porque a compra foi realizada agora?

"Os militares têm um papel importante no processo político. O orçamento militar permanece o mesmo que era antes da renúncia do [antigo presidente da Argélia Abdelaziz] Bouteflika, por isso estamos falando em aquisições planejadas. Não vale a pena procurar aqui alguma decisão política. Porém, a demonstração de confiança no material russo é mais uma contribuição para fundamentar as sólidas relações bilaterais", disse o especialista em Oriente Médio Grigory Lukyanov.

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