Donald Trump demite John Bolton e diz que discordava 'fortemente' do assessor

© Sputnik / Aleksei Vitvitsky / Acessar o banco de imagensPresidente dos EUA, Donald Trump, e assessor de Segurança Nacional, John Bolton, na cúpula da OTAN em Bruxelas
Presidente dos EUA, Donald Trump, e assessor de Segurança Nacional, John Bolton, na cúpula da OTAN em Bruxelas - Sputnik Brasil
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (10) a demissão de seu conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton.

O anúncio do presidente norte-americano foi feito através de duas postagens na rede social Twitter.

Informei John Bolton na noite passada que seus serviços não são mais necessários na Casa Branca. Eu discordava fortemente com muitas de suas sugestões, assim como discordavam outras pessoas na administração e, portanto, pedi para que ele entregue o cargo, o que foi feito nesta manhã. Eu agradeço muito a John pelo seu serviço. Eu nomearei um novo Conselheiro de Segurança Nacional na semana que vem.

Controvérsias após cancelamento de reunião com o Talibã

O anúncio de Trump nesta terça-feira (10) vem logo após relatos de supostos desacordos entre o presidente dos EUA e Bolton motivados por uma reunião secreta entre autoridades dos EUA com o governo afegão e o movimento Talibã em Camp David. A reunião acabou sendo cancelada.

A mídia norte-americana publicou que Trump "passou por cima" do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e de seus assessores, que eram contra a realização do encontro.

No sábado, o presidente dos EUA anunciou que havia decidido cancelar as negociações "secretas" com a liderança do Talibã e as autoridades afegãs após ataques terroristas em Cabul que deixaram dezenas de mortos, incluindo um soldado dos EUA.

O movimento talibã criticou a decisão, alertando que "os norte-americanos sofrerão mais do que ninguém por cancelar as negociações".

Coreia do Norte e Irã foram o "fruto da discórdia"?

Para além do suposto desentendimento gerado pela negociação no Afeganistão, havia rumores de que Trump e Bolton já tiveram discordâncias anteriores em relação às políticas dos EUA sobre o Irã e a Coreia do Norte. Bolton mantinha uma postura severa com relação ao Irã, enquanto Trump nunca descartou a possibilidade de realizar conversas com as lideranças da República Islâmica, apesar da escalada nas tensões entre Washington e Teerã.

Além disso, em meio aos esforços de Trump para resolver a tensão com a Coreia do Norte, Pyongyang protestou contra o papel de Bolton no processo de negociação, acusando-o de ser um obstáculo para as negociações. Durante seu mandato no governo do ex-presidente norte-americano, George W. Bush, Bolton, que serviu como embaixador dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU),  Bolton defendeu a realização de ataques aéreos preventivos contra as instalações nucleares da Coreia do Norte.

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