Austrália não implantará mísseis americanos, diz embaixador

© REUTERS / Lucy NicholsonLançamento de míssil balístico intercontinental, EUA
Lançamento de míssil balístico intercontinental, EUA - Sputnik Brasil
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Diplomata disse que seu país não receberá mísseis balísticos norte-americanos de médio alcance. Declaração prossegue a fala de líder do Pentágono sob a necessidade de deslocar mísseis para a Ásia.

Em dois de agosto, os Estados Unidos e a Rússia encerraram formalmente o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, mais conhecido como Tratado INF. O tratado, assinado entre os Estados Unidos e a União Soviética, restringia o desenvolvimento, produção e implantação de mísseis terrestres que tivessem alcance entre 500 e 5.500 quilômetros .

Após o fim do tratado, o medo de uma nova corrida armamentista surgiu no horizonte. Tal receio foi reforçado quando o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, declarou que, após o fim do tratado, buscaria de maneira imediata um local na Ásia para a instalação de mísseis de médio alcance.

Esper também ressaltou a necessidade de conversar com os aliados de Washington na região do Pacífico.

No entanto, rechaçando qualquer possível pedido dos Estados Unidos, o embaixador da Austrália na Rússia, Graeme Meehan, disse à Sputnik que seu país não irá abrigar mísseis americanos.

"Tanto nosso ministro da Defesa quanto nosso primeiro-ministro, Scott Morrison, disseram que não vamos abrigar [esses mísseis]. É óbvio que não posso prever o que um novo governo fará daqui a uns cinco ou dez anos. Porém, o atual primeiro-ministro disse que não aceitaremos. Isso é uma resposta clara e determinada", disse o embaixador à Sputnik.

Tensões

Os Estados Unidos culparam a Rússia de não observar o Tratado INF. No entanto, Washington testou um míssil banido pelo acordo no último dia 19, duas semanas após o fim oficial do Tratado, o que significa que o seu desenvolvimento e produção ocorreram quando o tratado ainda estava em vigor.

Além disso, o secretário do Exército dos Estados Unidos, Ryan D. McCarthy, disse que seu país busca desenvolver mísseis hipersônicos com ogivas balísticas.

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