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Sem apresentar provas, Bolsonaro volta a atacar ONGs por queimadas na Amazônia

© REUTERS / Adriano MachadoPresidente do Brasil, Jair Bolsonaro, discursa no Palácio do Planalto, Brasília, 24 de julho de 2019
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, discursa no Palácio do Planalto, Brasília, 24 de julho de 2019 - Sputnik Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro disse que a causa das queimadas na Amazônia pode ser a ação de fazendeiros, mas reiterou que "a maior suspeita vem de ONGs".

Bolsonaro foi questionado por jornalistas nesta quinta-feira (22) sobre ter levantado suspeitas de que a ação de ONGs estaria relacionada aos incêndios na Floresta Amazônica. Ele admitiu que não tem provas sobre a associação de organizações com as queimadas.

"Pode, pode ser fazendeiro, pode. Todo mundo é suspeito, mas a maior suspeita vem de ONGs", afirmou o presidente ao sair do Palácio do Planalto.

"Não se tem prova disso, meu Deus do céu. Ninguém escreve isso, vou queimar lá, não existe isso. Se você não pegar em flagrante quem está queimando e buscar quem mandou fazer isso, que isso tá acontecendo, é um crime que está acontecendo", acrescentou.

Na última quarta-feira (21) Bolsonaro chegou a afirmar que "pode estar havendo ação criminosa desses 'ongueiros'" para chamar atenção contra o governo por ter ele ter cortado repasses para ONGs.

ONG atribui queimadas às políticas de Bolsonaro

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o diretor do departamento de combate a incêndios do Greenpeace Russia, Grigory Kuksin, afirmou que são as ações e políticas do próprio presidente que permitiram o aumento das queimadas com o seu apoio às ações de fazendeiros na Floresta Amazônica.

"O presidente Bolsonaro certamente sabe as causas destes incêndios, e elas não são as que ele declara, porque foram justamente as suas políticas e suas ações
que permitiram que fazendeiros tiveram a possibilidade de incendiar a mata de forma massiva e sem absolutamente nenhum controle", declarou.

Um estudo apresentado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que, entre janeiro deste ano e a última segunda-feira, o número de focos de queimadas no Brasil aumentou 83% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo o recorde dos últimos sete anos com 72.843 pontos registrados.

A intensidade das queimadas na Amazônia no começo da semana fez com que a fumaça se espalhasse e cobrisse diversas cidades do país com uma névoa escura.

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