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Brasil nega 'segredo' sobre ata de Itaipu e refuta acusação de favorecimento a empresa

© Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional/Fotos PúblicasItaipu é uma das seis usinas que integram o Grupo Eletrobras
Itaipu é uma das seis usinas que integram o Grupo Eletrobras - Sputnik Brasil
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Na sexta-feira (9), o Ministério de Minas e Energia quebrou o silêncio sobre a ata bilateral entre Brasil e Paraguai sobre Itaipu em nota oficial conjunta com o Ministério das Relações Exteriores.

Os ministérios prestaram esclarecimentos refutando alegações de que houve segredo na negociação. Segundo a nota oficial do governo, a ata pretendia ajustar a venda de energia entre os países.

"[A ata] buscava corrigir uma defasagem histórica na contratação da energia de Itaipu por parte da Ande (Administração Nacional de Eletricidade)", diz a nota.

A Ande é a estatal energética paraguaia que administra Itaipu junto com a brasileira Eletrobrás.

O Brasil tem apontando que o Paraguai informa valores de demanda de energia de Itaipu abaixo do real consumo. Dessa forma, nos termos do acordo da hidrelétrica binacional, o país pagaria menos pela energia que precisasse utilizar a mais.

Além disso, os ministérios afirmaram que não houve nenhuma negociação paralela para beneficiar empresas privadas no acordo.

"Não tem qualquer fundamento a especulação sobre a possibilidade de comercialização da energia da usina binacional por parte de alguma empresa que não seja a Eletrobras e a Ande", diz o documento.

A imprensa paraguaia tem divulgado informações de que uma empresa brasileira teria participado das negociações com o objetivo de obter benefícios financeiros.

A ata entre os países ficou conhecida como "ata secreta de Itaipu" e foi revelada no final de julho. O Senado Federal brasileiro abriu uma investigação para apurar a questão.

O documento foi assinado em 24 de maio e designava mudanças nos valores de venda de energia do Paraguai para o Brasil.

O teor secreto da ata gerou uma crise política no Paraguai e ameaças de impeachment ao presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez. Após vir a público, o acordo foi cancelado, no dia 1 de agosto.

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