Milhares de organismos vivos podem ter ficado na Lua após queda de sonda israelense

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Milhares de ursos-d'água podem ter sobrevivido em estado desidratado na superfície da Lua depois da queda da nave espacial de Israel, afirma a mídia norte-americana.

A primeira sonda Beresheet, lançada pela empresa israelense SpaceIL com apoio do Estado e do consórcio de defesa Israel Aerospace Industries, percorreu mais de 6,5 milhões de quilômetros, alcançou a órbita do satélite da Terra e se acidentou em abril, durante a realização da última etapa da missão, devido a problemas técnicos durante o pouso. Graças ao voo da Beresheet, Israel se tornou o sétimo país no mundo que alcançou a órbita da Lua. O projeto Beresheet é considerado a primeira missão privada a viajar para a Lua e a missão mais barata na história, com o custo de US$ 100 milhões.

Segundo uma informação da agência de notícias Wired, a bordo do aparelho estava a primeira "biblioteca lunar", feita das folhas de níquel. O arquivo continha milhares de imagens de livros, manuais, a Wikipédia em inglês, milhares de obras da literatura clássica e outras informações.

© AFP 2023 / Israel Aerospace Industries (IAI)Uma foto tirada pela câmera da espaçonave Israel, Beresheet
Milhares de organismos vivos podem ter ficado na Lua após queda de sonda israelense - Sputnik Brasil
Uma foto tirada pela câmera da espaçonave Israel, Beresheet

Além disso, a organização sem fins lucrativos Arch Mission Foundation incluiu no arquivo exemplares de DNA humano e milhares de ursos-d'água desidratados, que são capazes sobreviver em qualquer ambiente – até no espaço. O fundador da organização, Nova Spivak, está convencido que a biblioteca sobreviveu ao acidente ou que não tenha mesmo sido danificada. A empresa vê como seu objetivo a criação de arquivos do conhecimento humano que possam permanecer no espaço por milhões ou até bilhões de anos.

A organização informa no seu Twitter que os ursos-d'água estão "em estado de suspensão profunda da atividade e não podem se mover ou reproduzir na Lua". Para os fazer "voltar à vida", eles teriam de ser transportados para um lugar com "atmosfera conveniente" e depois teria de ser compensada a ausência de líquido.

A agência informa que os cientistas conseguiram ressuscitar com sucesso ursos-d'água que estiveram até 10 anos em estado desidratado.

"Nós os escolhemos porque eles são especiais [...] Podem sobreviver praticamente a qualquer cataclismo à escala planetária. Eles podem sobreviver no vácuo em espaço aberto, podem sobreviver à radiação", declarou Nova Spivak à CNN.

Ursos-d'água são animais invertebrados de 0,1-0,5 milímetros de tamanho, semelhantes aos articulados. Habitam a Terra na superfície de musgos e de líquenes, que secam frequentemente. Por isso, os ursos-d'água podem entrar em estado de suspensão de atividade e depois voltar à vida em condições favoráveis.

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