Chanceler do Irã: aliados dos EUA têm vergonha de se unir à coalizão falha no golfo Pérsico

© AFP 2023 / FELIX GARZA/Marinha dos EUADestróier com mísseis guiados USS Carney (foto de arquivo)
Destróier com mísseis guiados USS Carney (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Falando a repórteres nesta segunda-feira (5), o ministro das Relações Exteriores iraniano, Javad Zarif, afirmou que os EUA não conseguiram criar uma coalizão naval no golfo Pérsico.

Os Estados Unidos têm apelado repetidamente para criação de uma coalizão no golfo Pérsico no intuito de proteger a navegação após a apreensão de um petroleiro britânico por forças do Irã no mês passado.

"Os EUA estão sozinhos no mundo. Não conseguem criar uma coalizão [no golfo]", apontou Zarif. "Os países que são amigos deles têm vergonha demais de estar em uma coalizão com eles", adicionou.

O ministro acusou os EUA de serem responsáveis pelas tensões no golfo, o que, segundo ele, provocou "miséria". Para Zarif, Irã é o responsável pela segurança da região. Ele culpou o Reino Unido de estar envolvido no "terrorismo econômico" dos EUA contra a nação iraniana

Zarif também reiterou que a apreensão de um petroleiro iraniano pelos fuzileiros britânicos no mês passado foi um ato de pirataria e que o navio não estava a caminho da Síria. O chanceler também descreveu as sanções impostas pelos EUA a ele como um fracasso na diplomacia.

Tensões no golfo Pérsico

A declaração surge depois da imposição de sanções do Departamento do Tesouro dos EUA a Zarif na semana passada. Para o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi, o chanceler iraniano foi sancionado, porque os EUA temem as habilidades de negociação do ministro.

As tensões no golfo Pérsico cresceram nos últimos meses, especialmente após o Irã apreender o petroleiro com bandeira britânica hasteada Stena Impero no estreito de Ormuz, em 19 de julho. O navio foi detido com acusação de violar as leis de navegação marítima.

O caso ocorreu após o petroleiro iraniano Grace 1 ter sido apreendido pelo Reino Unido sob acusação de violar as sanções impostas à Síria pela União Europeia.

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