EUA querem fechar acordo de controle de armas estratégicas com Rússia

© AP Photo / Ford Williams/ Marinha dos EUADestróier USS Porter lança míssil tomahawk no mar Mediterrâneo, 7 de abril de 2017 (imagem de arquivo)
Destróier USS Porter lança míssil tomahawk no mar Mediterrâneo, 7 de abril de 2017 (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil
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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nessa quarta-feira (31) que ele espera alcançar um acordo sobre controle de armas entre os Estados Unidos e a Rússia.

"Acho que vamos acabar por fazer um acordo com a Rússia onde temos algum tipo de controle de armas, porque tudo o que estamos fazendo é acrescentar o que não precisamos e eles também estão", disse Trump em entrevista à C-SPAN.

Entretanto, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, afirmou hoje (31) que Washington se retirará em 2 de agosto do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), de 1987, e acrescentou que o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START III) entre os EUA e a Rússia que resta dificilmente será renovado.

"Nesta sexta-feira, vamos marcar o fim oficial do tratado INF quando os Estados Unidos se retirarem", anunciou Bolton durante seu discurso na 41ª Conferência Nacional Anual de Estudantes Conservadores.

Bolton também enfatizou que, enquanto Washington tem as "mãos atadas" pelo tratado INF, a China está desenvolvendo armas de alcance intermediário.

O tratado INF exige que os Estados Unidos e a Rússia eliminem permanentemente todos os mísseis balísticos e de cruzeiro nucleares e convencionais lançados do solo com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.

Acordo START III

A Rússia e os Estados Unidos da América assinaram o tratado START III em 2010, que prevê a redução dos portadores (mísseis) estratégicos de cada lado para 700 unidades e para 1.550 ogivas nucleares.

Neste momento, este é o único acordo de limitação de armas em vigor entre Moscou e Washington, válido até fevereiro de 2021. Contudo, os EUA ainda não anunciaram oficialmente se pretendem estender o documento.

O presidente russo Vladimir Putin, por sua vez, disse que Moscou não iria estender o acordo START III "se ninguém quiser fazer isso".

Em 17 de julho, funcionários russos e americanos reuniram-se em Genebra para conversações estratégicas. Segundo o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, que liderou a delegação russa, os dois lados discutiram exaustivamente uma extensão do tratado START.

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