Holanda recusa dados sobre MH17 de detetive alemão que queria torná-los públicos

© Sputnik / Maksim Blinov / Acessar o banco de imagensFragmentos do avião MH17 durante apresntação de relatório na Holanda
Fragmentos do avião MH17 durante apresntação de relatório na Holanda - Sputnik Brasil
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Um detetive particular alemão informou para Sputnik que tentou fornecer materiais novos à Procuradoria holandesa e à Equipe de Investigação Conjunta (JIT), mas recebeu uma recusa por pedir para tornar os dados públicos.

Segundo Joseph Resch, que conduz uma investigação sobre a queda do MH17 no leste da Ucrânia em 2014, ele havia tentado fornecer novos materiais sobre o acidente à Procuradoria holandesa e à Equipe de Investigação Conjunta (JIT), liderada pela Holanda, mas recebeu recusa ao pedir para divulgá-los.

"Nossa maior segurança possível, se é que pode ser garantida, pode ser assegurada com uma declaração pública, juntamente com a divulgação de informações ao JIT e ao procurador", afirmou Resch, especificando que a divulgação do material é importantíssima, mesmo já tendo recebido diversas ameaças por conduzir uma investigação.

O detetive afirmou para a Sputnik que os materiais incluem gravações de áudio sobre o tráfego aéreo no dia da queda do avião comercial, gravações de conversas telefônicas entre militares ucranianos, gravações relacionadas ao voo do presidente russo, Vladimir Putin, do Brasil a Moscou realizado no dia do acidente, gravações pessoais de pilotos sobre a tragédia, entre outras coisas que a acusação não incluiu em suas descobertas divulgadas em junho.

Pedido 'muito incomum'

A Equipe de Investigação Conjunta ainda não deu qualquer resposta a Resch, enquanto que a Procuradoria holandesa escreveu uma carta dizendo que, embora tenha "levado em consideração" a oferta do detetive de fornecer novas provas, ela considera o pedido de Resch para divulgar os dados "muito incomum" e capaz de causar problemas para a investigação. Resch foi aconselhado a se dirigir à Procuradoria alemã.

Anteriormente, a Rússia pediu para que a equipe investigativa, liderada pela Holanda, sobre a queda de julho de 2014 do voo MH17 da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, se concentrasse em uma análise imparcial dos dados disponíveis.

De acordo com o primeiro-ministro da Malásia, as últimas alegações da equipe investigativa correspondem a uma caça às bruxas politicamente motivada contra a Rússia.

Tragédia do voo MH17

O voo MH17 da Malaysia Airlines, com trajeto entre Amsterdã e Kuala Lumpur, foi abatido em 17 de julho de 2014 sobre uma zona do leste da Ucrânia mergulhada em um conflito civil na sequência do golpe de Estado, em fevereiro de 2014.

Todos os 298 passageiros e tripulantes a bordo do avião, em sua maioria cidadãos holandeses, morreram.

Militares e autoridades ucranianas nas autoproclamadas repúblicas de Donbass responsabilizaram uns aos outros pela tragédia, com as milícias ucranianas orientais dizendo que não tinham acesso a mísseis antiaéreos que poderiam derrubar um avião ou pessoal capacitado para operá-los, enquanto Kiev, os EUA e várias potências europeias se apressaram a culpar a Rússia, antes mesmo que uma investigação oficial pudesse ser lançada.

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