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Brasil pode usar expertise de países do BRICS para ajudar combate ao terrorismo, diz especialista

© Gilberto Alves/Ministerio da DefesaExercício anti-terrorismo de forças especiais brasileiras
Exercício anti-terrorismo de forças especiais brasileiras - Sputnik Brasil
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Começou nesta segunda-feira (29) e seguirá até a quarta-feira (31) o seminário intitulado "Estratégias do BRICS para Contraterrorismo", que visa trocar experiências e traçar planos para combater o crime de terrorismo.

O encontro é um preparativo para a reunião de cúpula que ocorrerá em Brasília entre os dias 13 e 14 de novembro de 2019, no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

A capital do Brasil será a primeira cidade a receber a principal reunião do BRICS por duas vezes. A primeira ocasião foi em 2010.

Em entrevista à Sputnik Brasil, Ricardo Cabral, pesquisador da Escola de Guerra Naval, especialista em estudos de terrorismo internacional, defende que o Brasil tem a oportunidade de traçar planos com países que possuem mais experiência no combate ao terrorismo.

"Nós sabemos que você tem países como a Índia, a China, a Rússia que tem uma larga experiência no combate ao terrorismo e eu acho que dentro desse aspecto o BRICS pode nos ajudar", disse.

Ricardo Cabral alertou que, por mais que o Brasil não figure na lista de países mais visados em ações de grupos terroristas, é necessário aprimorar órgãos de inteligência para tentar impedir atos de grupos extremistas.

"Devido às nossas vulnerabilidades, isso pode levar ao cometimento de atentados no Brasil em embaixadas, consulados, centros culturais, igrejas, mesquitas, sinagogas podem vir a ser alvos de atentados terroristas e isso chama a atenção", afirmou.

Cabral citou como exemplo uma matéria publicada pela Revista Veja no dia 19 de julho que mostra a existência de um grupo terrorista chamado Sociedade Secreta ao Selvagem (SSS) que, no Brasil, se autodenomina Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS), que pretende matar o presidente da República, Jair Bolsonaro.

"Tem havido nos últimos anos algumas ocorrências que até então no Brasil eram quase desapercebidas. Nós tivemos no último dia 17 um grupo provavelmente de terroristas ambientalistas ou ligados às causas ambientais ameaçando o presidente Bolsonaro e sua família, bem como a ministra Damares Alves e o ministro Ricardo Salles", comentou.

Segundo ele, é necessário que o BRICS busque traçar medidas que montem um "arcabouço jurídico" no Brasil para ajudar no combate a esse tipo de organização.

"Minha esperança é que saiam medidas efetivas, propostas de legislação para que no nosso caso - a Rússia está muito mais adiantada com isso - que nós aqui no Brasil tenhamos pelo menos um arcabouço jurídico que nos vai dar as garantias para tomar as medidas necessárias", completou.

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