Trump pressiona Reino Unido para que britânicos sigam suas políticas contra China, diz mídia

© REUTERS / Kazuhiro Nogi / PoolPresidente dos EUA Donald Trump na cúpula do G20 em Osaka
Presidente dos EUA Donald Trump na cúpula do G20 em Osaka - Sputnik Brasil
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A guerra comercial entre a China e os EUA está provocando uma forte pressão sobre os aliados dos norte-americanos, que devem seguir as suas políticas impostas à China.

Os EUA estão pressionando seus aliados para que sigam as políticas norte-americanas de restrição contra a empresa chinesa de telecomunicação Huawei em relação à infraestrutura da rede 5G, além da adição da empresa na "lista negra" dos EUA. Entretanto, até o momento, os britânicos permitiram o acesso da Huawei apenas a infraestruturas "não essenciais".

A administração Trump enviou uma ameaça ao Reino Unido de que um acordo comercial pós-Brexit com os EUA dependerá da vontade do Reino Unido de seguir a política comercial dos EUA em relação à Huawei.

Ao permitir o acesso da Huawei a redes e infraestrutura 5G recém-desenvolvidas, tal poderia afetar as negociações sobre um novo acordo comercial com os EUA, afirmou o jornal The Telegraph.

A declaração se baseia na suposta ameaça à segurança nacional por parte dos EUA, que alega que a tecnologia da Huawei poderia ser utilizada pelo governo chinês para espionar os utilizadores das redes 5G.

© AP Photo / Kin CheungUm logotipo da Huawei é exibido em uma loja de eletrônicos em Hong Kong.
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Um logotipo da Huawei é exibido em uma loja de eletrônicos em Hong Kong.

O CEO da Huawei, Ren Zhengfei, assegurou ao Reino Unido que "nunca faria nada para prejudicar qualquer outra nação". A própria Huawei também se ofereceu para assinar um acordo de "não espionagem" com os britânicos, ao contrário das empresas de tecnologia norte-americanas, como a Apple e o Google, que nunca ofereceram tal contrato.

Os relatórios das conversações comerciais entre os EUA e a China revelam que as empresas de telecomunicações acreditam que, provavelmente, as reais preocupações dos EUA estão mais relacionadas à concorrência internacional no mercado global do que à ameaça de segurança.

"Claramente [a proibição da Huawei] não está relacionada à segurança nacional", afirmou Nicholas Negroponte, especialista em tecnologia e acadêmico norte-americano.

Um funcionário do governo britânico afirmou que o Reino Unido pode ter de ceder às políticas norte-americanas contra a Huawei, já que rejeitá-las poderia ser visto como algo que iria "minar os esforços de Washington para revigorar a Organização Mundial do Comércio".

Essa não é a primeira vez que os EUA fazem declarações sobre apolítica interna britânica.

Anteriormente, o secretário de Estado, Mike Pompeo, afirmou que pressionaria o governo de Jeremy Corbyn no Reino Unido, que teria desdenhado da administração Trump.

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