França declara 'não estar pronta' para ratificar acordo comercial entre UE e Mercosul

© Sakis Mitrolidis/AFPMercosul e UE podem fechar acordo este ano
Mercosul e UE podem fechar acordo este ano - Sputnik Brasil
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A porta-voz do governo da França, Sibeth Ndiaye, disse que o país não está preparado para ratificar o acordo comercial selado entre a União Europeia e o bloco sul-americano Mercosul.

Ao citar o acordo comercial entre a UE e o Canadá, que levou anos para ser ratificado, Ndiaye afirmou que Paris fará "o mesmo com os países do Mercosul", adicionando que a decisão será tomada depois da análise dos detalhes, escreveu AFP.

"A França ainda não está pronta para ratificar [o acordo]", declarou a porta-voz nesta terça-feira (2) em entrevista ao canal de notícias BFM.

O acordo alcançado na sexta-feira (28) é o maior já fechado entre a aliança europeia e os quatro países sul-americanos (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), sendo classificado por ambos os lados como um forte sinal a favor do livre comércio e do multilateralismo, principalmente em meio às crescentes tensões comerciais entre os EUA e a China.

Receios no setor agrícola

Apesar das vantagens, a decisão levantou preocupações entre os agricultores europeus que receiam uma concorrência desleal por parte da América do Sul, bem como entre as ONGs preocupadas com as consequências climáticas.

O agricultor e deputado do partido governista Jean-Baptiste Moreau escreveu ao jornal Le Monde que se opõe à importação de produtos agrícolas do Brasil, pois, segundo ele, tinha "um dos setores agrícolas mais prejudiciais do mundo".

Bolsonaro está confiante

Em entrevista à Sputnik Brasil, Leonardo Trevisan, especialista em geoeconomia internacional e professor de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM/SP), ressaltou que Bolsonaro está otimista quanto ao contrato.

No último domingo (30), o presidente Jair Bolsonaro disse que espera que a resolução entre os blocos entre em vigor em até três anos.

"[O acordo] entra em vigor em 1 ou 3 anos, depende dos parlamentos. Vamos ver se o nosso aqui, talvez sejamos um dos primeiros a aprovar, espero e a luta continua", declarou o presidente, citado pela Reuters.

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