China critica Reino Unido e EUA por 'interferência grosseira' em protestos de Hong Kong

© AP Photo / Vincent YuManifestantes marcham no centro da cidade contra uma proposta emenda às leis de extradição em Hong Kong. Caso aprovada, a lei permitirá a extradição para fora do país, incluindo a China continental.
Manifestantes marcham no centro da cidade contra uma proposta emenda às leis de extradição em Hong Kong. Caso aprovada, a lei permitirá a extradição para fora do país, incluindo a China continental.  - Sputnik Brasil
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A China advertiu o Reino Unido e os EUA contra a intromissão em seus assuntos internos depois que políticos ocidentais apoiaram manifestantes em Hong Kong, que entraram em confronto com a polícia quando invadiram o Parlamento da cidade.

O Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau de Pequim criticou a Grã-Bretanha, juntamente com os EUA e a União Europeia (UE), por sua posição sobre os protestos de Hong Kong nesta terça-feira.

A agência chinesa exigiu que "os países relevantes parem imediatamente de fazer declarações falsas e ações que prejudiquem a segurança nacional da China e a prosperidade e estabilidade de Hong Kong".

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Geng Shuang, entretanto, expressou "forte insatisfação e oposição resoluta à interferência grosseira de um país nos assuntos de Hong Kong e nos assuntos internos da China".

"Mais uma vez, alertamos [todos] os países a serem cuidadosos e a não interferirem nos assuntos internos de Hong Kong de forma alguma", declarou.

Geng havia declarado anteriormente que a Grã-Bretanha não tem "a chamada responsabilidade" por sua antiga colônia de Hong Kong e pediu que Londres "conheça seu lugar" e pare de se intrometer nas tensões de lá.

Mais de um milhão de pessoas começaram a marchar e realizar um protesto no centro de Hong Kong no final de junho, denunciando um projeto de lei que já havia sido suspenso e que permitiria a extradição de moradores para a China continental.

© AFP 2023 / Isaac LawrencePolícia durante confrontos com manifestantes em Hong Kong, China
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Polícia durante confrontos com manifestantes em Hong Kong, China

Os protestos pacíficos se transformaram em confrontos esporádicos com a polícia, que culminou na segunda-feira quando os manifestantes invadiram o prédio do Parlamento da cidade. A manifestação coincidiu com o aniversário da chegada da Grã-Bretanha a Hong Kong em 1997.

O secretário de Relações Exteriores britânico, Jeremy Hunt, apoiou os manifestantes, dizendo que o apoio de Londres à cidade e "suas liberdades são inabaláveis".

"Nenhuma violência é aceitável, mas as pessoas devem manter o direito ao protesto pacífico exercido dentro da lei, como centenas de milhares de pessoas corajosas mostraram hoje", escreveu Hunt no Twitter na segunda-feira.

Uma postura semelhante foi tomada por Washington. O presidente Donald Trump, que se reuniu com o líder chinês Xi Jinping no evento do G20 no Japão no fim de semana, afirmou que os manifestantes em Hong Kong estão "procurando democracia".

"Eu acho que a maioria das pessoas quer democracia. Infelizmente, alguns governos não querem democracia", alfinetou.

Já Bruxelas, cidade-sede da UE, pediu a todos os lados que "exercitem a moderação" e "se engajem em diálogo e consulta" para desarmar a crise.

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