Qual seria destino dos F-35 com possível chegada dos caças britânicos de 6ª geração?

© Foto / Marinha dos EUA / Bernadette WildesF-35 a bordo de um porta-aviões (imagem referencial)
F-35 a bordo de um porta-aviões (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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A União Europeia está se esforçando por desenvolver aeronaves de sexta geração, mas a Grã-Bretanha já avançou bastante em seu próprio projeto destes aviões.

O projeto franco-alemão FCAS (Future Combat Air System) de desenvolvimento de um caça avançado continua em andamento. O consórcio aeronáutico europeu Airbus, cuja sede se encontra na França, revelou que o primeiro voo do avião FCAS deve ser realizado em 2040.

Quando a Grã-Bretanha anunciou pela primeira vez o seu caça de sexta geração, especulou-se que o projeto europeu FCAS poderia ser incluído no programa britânico Tempest com a Airbus como parceiro. Mas a decisão de Londres de abandonar a UE pôs em questão a cooperação militar entre os dois países. Dessa forma, o Tempest é um projecto totalmente diferente do caça FCAS. Isto é muito irritante para a UE, que agora mesmo está emergindo como um importante player no mercado de hardware militar, como disse o presidente francês Emmanuel Macron: "A competição entre europeus, quando nos enfraquece frente aos americanos e chineses, é ridícula".

© Piloto Keifer BowesF-35A Lightning II sendo abastecido por um KC-135 Stratotanker, 12 de maio de 2019
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F-35A Lightning II sendo abastecido por um KC-135 Stratotanker, 12 de maio de 2019

O caça Tempest faz parte de um programa de modernização militar abrangente, com o objetivo de manter as capacidades militares britânicas nas próximas décadas. Além disso, o novo caça tem operação prevista para 2030 e contará com uma série de recursos de sexta geração, como inteligência artificial, sistema de propulsão adaptativo, capacete com cockpit virtual, além de versões tripuladas e não tripuladas.

O conceito da aeronave possui um design furtivo, sem estabilizadores horizontais ou canards, lembrando o caça norte-americano F-22 Raptor, segundo a revista The National Interest.

Para o analista militar Justin Bronk, o caça Tempest prioriza a "agilidade", velocidade e outras áreas de desempenho cinemático devido às suas capacidades furtivas.

Com isso, os britânicos buscam alcançar a superioridade aérea e complementar os caças norte-americanos F-35 com uma aeronave de sexta geração, que é o caso do Tempest.

CC0 / Pixabay / Caça F-35
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Caça F-35

Para o sucesso do projeto, a Grã-Bretanha deverá buscar por financiamentos externos, já que as atuais disputas políticas entre os europeus atrapalham consideravelmente os países envolvidos, além de enfraquecê-los frente aos norte-americanos.

Ou seja, sem um financiamento externo, o Tempest jamais poderá ser produzido em grande quantidade. Em um sinal encorajador para a Grã-Bretanha, vários fabricantes de armas europeus manifestaram a sua vontade de participar dos projectos Tempest e FCAS. Da mesma forma, a empresa de defesa italiana Leonardo S.p.A. assinou um acordo para o desenvolvimento do Tempest. No entanto, o projeto Tempest precisará de muito mais parceiros de alto nível para se manter financeiramente solvente nas próximas décadas.

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