Mais de 400 pilotos assinam ação coletiva contra Boeing por ter ocultado 'falhas de projeção'

© AP Photo / Ted S. WarrenBoeing 737 MAX 8
Boeing 737 MAX 8  - Sputnik Brasil
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Mais de 400 pilotos assinaram uma ação judicial coletiva contra a Boeing, exigindo indenizações de milhões de dólares da empresa estadunidense, por esta supostamente ter encoberto "as deficiências de projeção conhecidas" no modelo 737 MAX.

O principal demandante, conhecido como Piloto X, desejou manter o anonimato por "temer represálias por parte da Boeing e descriminação por parte dos clientes da Boeing".

A ação coletiva, que foi apresentada na sexta-feira (21), reclama uma indenização para mais de 400 pilotos da companhia aérea, alegando que a Boeing "se empenhou em um encobrimento sem precedentes das conhecidas deficiências de concepção do MAX que, como esperado, provocou as catástrofes de dois aviões MAX e a subsequente imobilização dos aviões deste modelo em todo o mundo", informa portal australiano ABC.

Pilotos continuam sendo afetados por prejuízos econômicos e não só

Na demanda, que será examinada em outubro próximo no tribunal de Chicago, os pilotos afirmam que continuam sendo afetados por uma perda significativa de salários, entre outros prejuízos econômicos e não só, por a frota global de aviões 737 MAX ter ficado em terra.

De acordo com as informações da investigação preliminar, os pilotos tiveram dificuldades com o software MCAS (sigla em inglês para Sistema de Aumento de Características de Manobra), não conseguindo retomar o controle da aeronave.

O MCAS é um software criado para ajudar os pilotos a manter a aeronave na posição adequada às condições de voo.

Quando o MCAS detecta que o avião está subindo em ângulo vertical elevado não atingindo a velocidade necessária, o que aumentas as chances de perda de sustentação aerodinâmica da aeronave, o sistema move o estabilizador horizontal para baixar o nariz do avião.

No entanto quando a informação dos sensores está errada, estas ações do sistema de segurança colocam o avião em perigo, pois os comandos do MCAS podem prevalecer sobre as tentativas dos pilotos de fazer subir o nariz do avião.

Em março deste ano, um Boeing 737 MAX da Ethiopian Airlines caiu próximo da cidade de Bishoftu com 157 pessoas a bordo, após, em outubro de 2018, um avião do mesmo modelo da companhia aérea indonésia Lion Air ter caído, vitimando 189 pessoas.

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