Trump diz que 'certamente' entraria em guerra com o Irã, mas 'não agora'

© AP Photo / Evan VucciPresident Donald Trump speaks during an event in the Rose Garden at the White House to declare a national emergency in order to build a wall along the southern border, Friday, Feb. 15, 2019, in Washington
President Donald Trump speaks during an event in the Rose Garden at the White House to declare a national emergency in order to build a wall along the southern border, Friday, Feb. 15, 2019, in Washington - Sputnik Brasil
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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que consideraria uma ação militar contra o Irã para impedir que a República Islâmica consiga armas nucleares. A briga entre Teerã e Washington aumentou depois que os EUA acusaram o Irã de atacar dois petroleiros.

"Eu certamente vou considerar as armas nucleares", disse Trump à revista Time na terça-feira, quando perguntado sobre o que poderia levá-lo a declarar guerra ao Irã. "E eu manteria o outro um ponto de interrogação".

A reportagem não especificou se o presidente elaborou o cenário de lançar um conflito armado de pleno direito com a República Islâmica sobre seu programa nuclear. Quando um repórter perguntou a Trump se ele estava considerando uma ação militar contra o Irã agora, ele respondeu: "Eu não diria isso. Eu não posso dizer isso".

Seus comentários foram feitos um dia depois de o Pentágono ter enviado 1.000 soldados extras para o Oriente Médio "para fins defensivos".

Os Estados Unidos culparam o Irã pelo ataque a dois petroleiros no golfo de Omã. Washington divulgou um vídeo granulado, supostamente mostrando marinheiros iranianos removendo uma mina de um dos cascos do navio, mas não forneceu nenhuma outra evidência para apoiar seu caso. Teerã rejeitou as alegações, dizendo que não tinha nada a ver com os incidentes.

Também na terça-feira, o Irã anunciou que, em apenas 10 dias, aumentaria seus estoques de urânio para além dos limites permitidos pelo acordo nuclear de 2015, conhecido como JCPOA. Os EUA desistiram do acordo no ano passado e reimpuseram sanções ao Irã.

Autoridades em Teerã dizem que vão voltar ao pleno cumprimento do acordo se a União Europeia (UE), outro signatário do acordo, reafirmar seus compromissos.

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