Nicolás Maduro divulga preço astronômico de drones comprados nos EUA para matá-lo

© AP Photo / Marcelo GarciaPresidente da Venezuela, Nicolás Maduro, faz sinal com as mãos depois de chegar à base militar de Forte Tiuna, em Caracas, Venezuela, 30 de janeiro de 2019
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, faz sinal com as mãos depois de chegar à base militar de Forte Tiuna, em Caracas, Venezuela, 30 de janeiro de 2019 - Sputnik Brasil
Nos siga no
Maduro afirmou anteriormente que a Colômbia e os EUA estavam conspirando para matá-lo, o que ambos os países negaram. Um suposto desertor revelou em março que os drones foram comprados nos EUA e levados para a Colômbia antes do ataque, informa o portal Noticiero Digital.

Como indica o portal, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, culpou um importante oposicionista por ter roubado uma grande quantia destinada a matá-lo em agosto do ano passado, operação que veio a falhar.

"Hoje sabemos como o ataque para matar foi preparado na Colômbia [e] quem o financiou", afirmou Maduro em uma cerimônia militar em Caracas na segunda-feira (17).

A operação de assassinato custou "vários milhões de dólares, há conversas sobre 20 milhões de dólares", disse Maduro. Esse dinheiro, acrescentou, desapareceu porque foi "apropriado" pelo deputado oposicionista Julio Borges.

Tentativa de assassinato de Maduro e o que aconteceu com Borges

No dia 4 de agosto de 2018, dois drones carregados de explosivos explodiram durante um desfile militar em Caracas, enquanto Maduro discursava no evento. O presidente escapou ileso, mas a explosão – que ocorreu prematuramente – feriu vários soldados.

Maduro inicialmente culpou a Colômbia e os EUA, que congelaram as relações com Venezuela desde liderança de Hugo Chávez. Tanto Washington como Bogotá rejeitaram as acusações.

Um grupo clandestino pouco conhecido, chamado Flannel Soldiers, reivindicou a responsabilidade pelo ataque no dia seguinte, dizendo que os atiradores acertaram os drones, que estavam supostamente carregados com C-4.

Quatro dias após o ataque, a Suprema Corte da Venezuela ordenou a prisão de Julio Borges, ex-chefe da Assembleia Nacional, acusando-o de tentativa de assassinato e traição.

Borges, que vive exilado na Colômbia, chamou as acusações de "absurdas" e descreveu o incidente como uma tentativa de Maduro de distrair a população da piora da situação socioeconômica do país.

A Venezuela solicitou a extradição de Borges à Colômbia, que, como resposta, concedeu o status de refugiado ao oposicionista. Em março de 2019, um dos supostos perpetradores se manifestou sobre a operação.

Desertor dá detalhes sobre tentativa de assassinato

Um homem sem nome e cujo rosto não foi mostrado disse à CNN que os drones foram comprados on-line nos EUA e levados para uma fazenda alugada na Colômbia. O desertor compartilhou vídeos mostrando como eles montaram os dispositivos e praticaram operação no campo.

Ele também afirmou ter se reunido com várias autoridades norte-americanas três vezes após o ataque. A reunião foi organizada para coletar e estudar informações sobre a operação, mas "não passou disso".

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала