Euro desnecessário? Máfia italiana continuaria usando lira como divisa paralela

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Um policial sênior italiano revelou que as organizações criminosas no país ainda estão usando a moeda do período pré-euro para transações ilícitas, informou a agência Bloomberg.

Segundo a agência, não se sabe a taxa de câmbio de liras por euros ou se ela existe, contudo a polícia diz que ainda encontra cédulas de liras ligadas à máfia. A lira deixou de ser uma moeda de curso legal no fim de fevereiro de 2002 devido à introdução do euro, a moeda única europeia.

"Ainda descobrimos grandes quantidades de liras", afirmou Giuseppe Arbore, um policial da Guarda de Finanças que investiga crimes financeiros, durante uma audiência parlamentar na quinta-feira (13). "As liras italianas ainda representam parte das transações ilícitas."

"Quando uma cédula é aceita por uma organização internamente, mesmo que esteja fora da lei como um valor legal, ela pode liquidar transações. Estamos obviamente falando de organizações ilícitas", disse Arbore.

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Essas revelações se seguem a um dia de especulações e críticas de uma proposta de membros do partido do vice-primeiro-ministro Matteo Salvini de emitir novos títulos com valor nominal pequeno (mini T-bills em inglês) para pagar contas estatais. Há quem esteja preocupado que isso poderia ser o primeiro passo em direção a uma moeda paralela, e até mesmo para uma saída da zona do euro.

Embora seja apenas uma ideia, ela já está sendo criticada pelo ministro das Finanças, Giovanni Tria, e por seu compatriota Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu. Ambos disseram que isso aumentaria a dívida do país e seria ilegal se for usado como moeda paralela.

Não é a primeira vez que a máfia está relacionada com a antiga moeda italiana. Em 2012, o relatório da Unidade de Informações Financeiras do banco central do país revelou que trabalhou com a Direção de Investigação Anti-Máfia sobre "relatórios de transações suspeitas" relacionadas a câmbios lira-euro.

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