Descoberta inédita de ondas de rádio em 'teia cósmica' é revelada por astrônomos (FOTO)

© Foto / ESO/NASAPartículas de gás formando supernova remanescente 1E 0102.2-7219
Partículas de gás formando supernova remanescente 1E 0102.2-7219 - Sputnik Brasil
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Astrônomos revelaram pela primeira vez um filamento peculiar de ondas de rádio que interliga dois aglomerados de galáxias como uma linha esticada entre ilhas galácticas.

Uma "trilha" de campos magnéticos e elétrons relativísticos foi encontrada ao longo de filamentos que conectam dois aglomerados de galáxias, chamados de Abell 0399 e Abell 0401.

© Foto / DSS and Pan-STARRS1 (optical), XMM-Newton (X-rays), PLANCK satellite (y-parameter), F. Govoni, M. Murgia, INAFPonte de campos magnéticos Abell 0399 e Abell 0401
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Ponte de campos magnéticos Abell 0399 e Abell 0401

Essa linha de rádio cobre uma distância de aproximadamente dez milhões de anos-luz através de uma "teia cósmica" e acompanha um dos filamentos dessa teia, conforme a publicação National Geographic.

A nova imagem, que mostra um fluxo de plasma entre os aglomerados de galáxias Abell 0399 e Abell 0401, é o primeiro avistamento desse tipo, pois mesmo com a possibilidade de enxergar a infinidade de galáxias e aglomerados que formam a teia cósmica, observar efetivamente os filamentos entre eles é uma tarefa difícil.

Entretanto, utilizando o radiotelescópio LoFar, a equipe descobriu o que parecia ser uma "aurora em escalas cósmicas", conforme o Daily Mail.

"Nós normalmente observamos esse mecanismo de emissão em ação em galáxias individuais, inclusive em aglomerados de galáxias, mas nunca observamos uma emissão de rádio conectando dois desses sistemas", afirmou Matteo Murgia, do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália.

Galáxia NGC 4621 ou Messier 59 - Sputnik Brasil
Galáxia elíptica brilhante é observada no espaço

O LoFar detectou ondas de rádio emitidas por elétrons que viajam quase à velocidade da luz, chamadas de emissões sincrotônicas, essas ondas são produzidas por elétrons em aceleração que giram ao redor de campos magnéticos.

"O sinal detectado poderia ser até centenas de vezes mais brilhante que a emissão da teia sincrotônica, segundo algumas hipóteses", afirma Tracy Clarke, astrônoma do Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA.

Os pesquisadores também afirmam que isso sugere a existência de campo magnético, o qual pode ser amplificado por outros processos. Contudo, mesmo com tantas descobertas, ainda há muito a entender sobre os misteriosos sinais de rádio.

Atualmente, a equipe planeja realizar observações adicionais na região com o objetivo de coletar novas informações que possam confirmar a descoberta.

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