Trump ameaça ampliar as tarifas sobre a China em mais US$ 300 bilhões

© REUTERS / Carlos BarriaPresidente norte-americano Donald Trump e presidente chinês Xi Jinping
Presidente norte-americano Donald Trump e presidente chinês Xi Jinping  - Sputnik Brasil
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O presidente dos EUA, Donald Trump, alertou a China de que ele poderá taxar os produtos chineses com outros US$ 300 bilhões em tarifas, se necessário, mas acrescentou que ainda espera por um acordo. As taxas visariam as exportações restantes da China para os EUA.

"Nossas conversas com a China, muitas coisas interessantes estão acontecendo. Vamos ver o que acontece [...] Eu posso subir para pelo menos outros US$ 300 bilhões e farei isso na hora certa", ameaçou Trump a repórteres nesta quinta-feira, como citado pela Agência Reuters. O presidente não detalhou quais mercadorias poderiam ser alvo dos aumentos.

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No entanto, Trump afirmou que acha que a China e outro país envolvido em uma disputa comercial com Washington, o México, quer fazer um acordo. Mais cedo, Trump ameaçou impor um imposto de 5% sobre todos os produtos mexicanos a partir da próxima semana.

"Acho que a China quer fazer um acordo e acho que o México quer fazer um acordo", comentou antes de embarcar no Air Force One a caminho da França para as comemorações do Dia D.

A guerra comercial latente entre as duas maiores economias do mundo já viu uma troca de várias rodadas de aumentos de tarifas mútuas. Quase um ano atrás, em julho de 2018, Trump iniciou a disputa batendo em Pequim tarifas de 25% sobre bens de tecnologia chineses no valor de US$ 50 bilhões, atraindo uma resposta similar da China.

Mais tarde naquele ano, a Casa Branca impôs tarifas de 10% sobre o valor de US$ 200 bilhões em importações chinesas variando de produtos químicos a bens de consumo, em uma tentativa de pressionar Pequim a fazer concessões comerciais. A China reagiu, acrescentando US$ 60 bilhões em produtos americanos à sua lista de tarifas de importação.

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Inicialmente, os EUA haviam tentado elevar as tarifas para 25%, mas interromperam a ação enquanto os dois países mantinham longas negociações comerciais. No entanto, a tentativa de chegar a um acordo para evitar nova escalada falhou em maio deste ano. O governo Trump aumentou a alíquota tarifária sobre produtos chineses para 25%, e ainda ameaçou impor os mesmos aumentos nas importações do país para os EUA.

Não demorou muito para Pequim reagir. Em 1º de junho, a China elevou as tarifas para 25%, para 5.000 produtos dos EUA, no valor de US$ 60 bilhões. Pequim também ameaçou usar sua vantagem na produção de terras raras como alavanca na guerra comercial, com a mídia do governo dizendo que a China pode proibir sua exportação. Os materiais são vitais para várias indústrias, especialmente no setor militar e de alta tecnologia.

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