Lavrov: Moscou apoia pacto de não-agressão entre o Irã e os Estados do Golfo

© Sputnik / Vitaly Belousov / Acessar o banco de imagensMinistro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante reunião com o então secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, nas margens da cúpula da ASEAN em Manila
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante reunião com o então secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, nas margens da cúpula da ASEAN em Manila - Sputnik Brasil
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A Rússia saúda a proposta do Irã de paz duradoura entre as nações do golfo Pérsico e está pronta para ajudá-la a se concretizar, afirmou o ministro das Relações Exteriores do país, Sergei Lavrov.

Assinar um acordo para evitar a violência seria um passo na direção certa e desarmar as crescentes tensões na região, destacou Lavrov. Ele estava elogiando a ideia do pacto de não-agressão que o Irã ofereceu aos seus vizinhos na última semana, sem mencionar especificamente os estados que poderiam se tornar parte dele.

Um "número" de Estados do Golfo "está pronto para considerar essa iniciativa", comentou o ministro, acrescentando que a Rússia "estará pronta para ajudar neste processo".

Lavrov também afirmou que Moscou acolheria o início de um diálogo significativo entre o Irã e os EUA, mas que não "imporia" seu papel de mediador.

Por outro lado, o ministro criticou a pressão dos EUA contra o Irã, dizendo que a pressão linha-dura por mais sanções não deixa espaço para negociações, e a Rússia não apoiará isso.

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"Falar de uma posição de 'primeiro eu vou te estrangular economicamente e então você estará implorando para chegar a um acordo conosco' não é algo que consideremos um modelo [apropriado] de política externa", avaliou.

As tensões entre o Irã e os EUA aumentaram neste mês, quando Teerã suspendeu parcialmente seus compromissos com o acordo de 2015 sobre seu programa nuclear, conhecido como o JCPOA. A medida seguiu várias rodadas de sanções impostas por Washington, que se retiraram unilateralmente do acordo no ano passado.

Os EUA enviaram um grupo de porta-aviões para o Golfo e anunciaram planos de enviar tropas extras ao Iraque, vizinho do Irã. Autoridades em Teerã responderam dizendo que estão preparadas para atacar navios de guerra dos EUA em caso de qualquer provocação.

O Irã denunciou as sanções e prometeu retaliar qualquer forma de "agressão". "Esperamos que possamos iniciar um diálogo, mas estamos prontos para a guerra", disse um importante diplomata iraniano a repórteres na semana passada.

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