Em renúncia, Mueller diz que faltaram evidências para acusar Trump de ter cometido crime

© REUTERS / Jonathan ErnstEx-chefe do FBI, Robert Mueller
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O procurador especial dos EUA, Robert Mueller, fez uma declaração sobre sua investigação na Rússia enquanto falava em uma entrevista coletiva no Departamento de Justiça.

Mueller afirmou que ele está se demitindo do Departamento de Justiça dos EUA após a conclusão da investigação sobra a suposta interferência da Rússia nas eleições últimas eleições presidenciais.

"Estamos formalmente fechando o Escritório do Conselho Especial e também estou me demitindo do Departamento de Justiça para voltar à vida privada", disse Mueller durante a coletiva de imprensa.

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Ele continuou dizendo que acusar o presidente dos EUA, Donald Trump, não era uma opção que ele pudesse considerar sob as diretrizes do Departamento de Justiça.

"Acusar o presidente de um crime não é uma opção que poderíamos considerar", disse.

​De acordo com Mueller, é "inapropriado" ele testemunhar mais sobre a investigação russa.

"Qualquer testemunho deste escritório não iria além do nosso relatório. Contém nossas descobertas e análises e as razões para as decisões que tomamos. Nós escolhemos essas palavras cuidadosamente e o trabalho fala por si. E o relatório é meu testemunho. Eu não forneceria informações além daquelas que já são públicas em qualquer apresentação perante o Congresso", afirmou.

Após o fim do depoimento de Mueller, o presidente Donald Trump publicou em sua conta no Twitter e declarou o caso "como encerrado".

"Nada mudou no relatório de Mueller. As evidências são insuficientes, e assim sendo, no nosso país, a pessoa é inocente. O caso está encerrado. Obrigado", escreveu Trump.

Em abril, o Departamento de Justiça divulgou o relatório Mueller, concluindo que a equipe de campanha do presidente Donald Trump não era conivente com a Rússia. No entanto, o relatório também descreveu 10 episódios sobre as ações de Trump que podem constituir possível obstrução da justiça. O Procurador Geral dos EUA, William Barr, por sua vez, afirmou que as provas contra Trump no relatório Mueller não chegam ao nível de serem configuradas como um crime.

A Rússia tem repetidamente negado qualquer acusação de interferência no sistema político dos EUA, enfatizando que as alegações foram feitas para justificar a perda eleitoral de Hillary Clinton, adversária de Trump em 2016, bem como para desviar a atenção do público de casos reais de fraude eleitoral e corrupção.

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