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Chanceler brasileiro diz que queda de Maduro na Venezuela é 'questão de tempo'

© Foto / Valter Campanato/Agência BrasilO ministro do MRE, Ernesto Araújo, na cerimônia de diplomação do presidente eleito, Jair Bolsonaro, no TSE.
O ministro do MRE, Ernesto Araújo, na cerimônia de diplomação do presidente eleito, Jair Bolsonaro, no TSE. - Sputnik Brasil
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não poderá reverter a transição democrática que está ocorrendo em seu país, mas os militares também precisarão apoiar essa mudança, declarou o ministro de Relações Exteriores do Brasil nesta sexta-feira.

O líder da oposição, Juan Guaidó, pediu aos militares que mudem de lado no mês passado, mas apenas um punhado de soldados atendeu a sua convocação no dia 30 de abril. O governo de Maduro lançou uma ofensiva contra legisladores da oposição supostamente ligados à tentativa.

"O processo que está em vigor desde janeiro […] é irreversível com todo o apoio internacional para uma transição democrática. Não há como o regime de Maduro permanecer no poder indefinidamente", afirmou Ernesto Araújo à Agência Reuters em Paris.

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"A questão hoje são os arranjos necessários para os militares venezuelanos aderirem ao governo legítimo. Achamos que é necessário que os militares venham a aderir, mas a forma que tomará depende dos venezuelanos", disse Araújo, falando em inglês.

Apesar das sanções dos EUA, os altos escalões militares da Venezuela ignoraram amplamente as súplicas da oposição e Washington para se voltar contra Maduro. Um pouco mais de 1.000 soldados desertaram, principalmente para a Colômbia e o Brasil.

Araújo, que estava em Paris para uma reunião da OCDE no momento em que Brasília se aproxima da organização, avaliou não acreditar que a intervenção estrangeira na Venezuela fosse necessária e que os esforços econômicos e diplomáticos estavam isolando Maduro.

"As forças dentro da Venezuela estão ganhando força contra o regime de Maduro e a crescente percepção é de que é apenas uma questão de tempo", acrescentou.

Juntamente com a Colômbia, o Brasil apoiou uma iniciativa da oposição para entregar ajuda humanitária dos EUA ao seu vizinho em fevereiro, mas Maduro fechou a única fronteira formal.

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Por causa do fechamento da fronteira, centenas de venezuelanos diariamente estavam subornando funcionários da Guarda Nacional enquanto tentavam entrar no Brasil ao longo de trilhas indígenas que cruzam a savana queimada pelo sol. A fronteira foi reaberta desde então.

O colapso econômico da Venezuela deixou cerca de um quarto de seus 30 milhões de pessoas necessitadas de assistência humanitária, informou a ONU.

A tentativa de entregar ajuda "fracassou porque a ajuda não foi aprovada, mas politicamente mostrou que é um regime que vai ter fim em nada", completou Araújo.

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