'Caixão nuclear' dos EUA representa perigo para águas do Pacífico?

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Segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, "o caixão nuclear" que os norte-americanos constituíram para conservar resíduos na ilha de Ranit, no arquipélago das ilhas Marshall, ainda nos anos 1970, hoje em dia está se destruindo e substâncias radioativas podem vazar para as águas do Pacífico.

Guterres se encontrou com a presidente das Ilhas Marshall, Hilda Heine, que está preocupada com o futuro desta área em relação com o vazamento de matérias perigosas.

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Entre 1946 e 1958, o Pentágono realizou nas ilhas Marshall, entre a Austrália e o estado do Havaí, 67 testes nucleares atmosféricos, subterrâneos e submarinos. Entre estas detonações de armas nucleares houve também a da bomba de hidrogênio "Bravo", em 1954, a bomba mais forte detonada pelos EUA, com potência mil vezes superior à de Hiroshima.

Os restos de solo e cinzas foram colocados em uma cratera, que foi coberta por uma camada de concreto. Mas agora estão aparecendo rachaduras nesta cúpula e especialistas supõem que ela poderá se destruir em consequência de um ciclone tropical.

O físico nuclear Andrei Ozharovsky, especialista do programa "Segurança de Resíduos Radioativos" realizado pela Associação Socio-Ecológica Russa, comentou ao serviço russo da Radio Sputnik a possibilidade da penetração de resíduos dos testes nucleares nas águas do oceano.

"O que aconteceu lá [na ilha de Ranit]: eles construíram uma estrutura de concreto onde colocaram o solo contaminado e as partes do material contaminadas em consequência dos testes de armas nucleares e esperavam que este concreto contivesse os resíduos radioativos. Mas já foram registrados vários vazamentos."

Segundo Ozharovsky, todos os resíduos nucleares, tarde ou cedo, entrarão no ambiente, porque ainda não há formas seguras de isolá-los por todo o prazo em que eles permanecerão perigosos.

O físico notou que a situação de todos os resíduos nucleares representa perigo se estes resíduos entrarem no ambiente. Este exemplo do antigo polígono norte-americano [na ilha de Ranit] mostra que ainda não há uma solução de longa duração para o problema dos resíduos radioativos.

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