Mídia: EUA ameaçam UE com represálias para estancar projetos de defesa europeus

© AP Photo / Sava RadovanovicSoldados alemães operando na Bósnia como parte da missão da OTAN
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Washington advertiu a União Europeia sobre consequências econômicas e políticas se a UE continuar desenvolvendo projetos de defesa, escreve mídia.

As informações foram divulgadas pelo El País, referindo-se à carta da subsecretária de Estado dos Estados Unidos, Ellen Lord, enviada à chefe da diplomacia europeia Federica Mogherini.

Segundo o texto da carta, os atuais planos da União Europeia no campo da defesa ameaçam décadas de integração da indústria de defesa transatlântica e de cooperação militar através da OTAN.

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Em particular, destaca-se que Washington não está satisfeito com a adoção do Regulamento do Fundo Europeu de Defesa que permite que os países da UE convidem países não europeus a participarem de projetos, e de que, neste caso, qualquer projeto vá ser bem intelectual da união econômica e política.

Além do mais, os Estados Unidos também não estão satisfeitos com os termos do Programa de Cooperação Estruturada Permanente de Defesa (PESCO) que visa uma cooperação mais estreita entre 25 países-membros da UE.

Na carta, a subsecretária de Estado dos EUA acusa UE de desenvolver capacidades militares "de uma maneira que produz duplicidade, sistemas militares que são interoperáveis, dispersão dos escassos recursos de defesa e uma competição desnecessária entre a OTAN e a UE".

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos insistem que os projetos não previnem a cláusula de direito de veto que permite ao país que lidera um projeto convidar qualquer empresa a cooperar.

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Anteriormente, a Comissão Europeia propôs aumentar o investimento em segurança em 40% no período orçamentário que compreende de 2021 a 2027, bem como criar um Fundo Europeu de Defesa. Assim, contando com investimentos do fundo geral, a UE espera se tornar um dos quatro maiores investidores em pesquisa e tecnologia de defesa na Europa.

Prevê-se que, dentro do orçamento para o período entre 2021 e 2027, 4,1 bilhões de euros (R$ 18,29 bilhões) serão designados para financiar "projetos de investigação competitivos e colaborativos". Além disso, planeja-se destinar 8,9 bilhões de euros (R$ 39,71 bilhões) para o desenvolvimento de protótipos e requisitos relacionados na área de certificação e testes.

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