Comandante iraniano: 'Se americanos fizerem um movimento, vamos atingi-los na cabeça'

© AP Photo / Ebrahim NorooziForças Armadas do Irã no desfile militar do 37º aniversário da invasão do Iraque ao Irã em 1980
Forças Armadas do Irã no desfile militar do 37º aniversário da invasão do Iraque ao Irã em 1980 - Sputnik Brasil
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Neste domingo (12) um comandante sênior do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, Amirali Hajizadeh, afirmou que a presença militar dos EUA no Golfo costumava ser uma ameaça séria, mas agora é uma oportunidade.

Segundo a agência de notícias iraniana ISNA, Amirali Hajizadeh afirmou que, no passado, "um porta-aviões com pelo menos 40 a 50 aviões e 6000 militares era uma séria ameaça" para o Irã.

"Mas agora as ameaças se transformaram em oportunidades", adicionou chefe da divisão aeroespacial do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã. Amirali Hajizadeh declarou ainda o seguinte: "Se os americanos fizerem um movimento, vamos atingi-los na cabeça".

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Ultimamente as relações entre o Irã e os EUA têm se agravado. O Irã anunciou que deixaria de observar uma série de pontos do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA na sigla em inglês) sobre o programa nuclear iraniano, quando se assinala um ano da retirada dos EUA do acordo nuclear. Por exemplo, Teerã indicou que interromperia as modificações no reator da usina nuclear de Arak, que impedem a produção de plutônio para uso militar.

Entretanto, as autoridades americanas anunciaram o envio de um grupo de ataque do porta-aviões USS Abraham Lincoln e de uma esquadrilha de bombardeiros para a zona do Irã, tendo descrito o destacamento como "uma mensagem clara e inequívoca ao regime iraniano de que qualquer ataque aos interesses dos EUA ou dos nossos aliados será enfrentado com uma força implacável".

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Neste contesto, o presidente iraniano Hassan Rouhani disse que seu país está enfrentando uma "guerra total" devido a uma série de sanções econômicas e políticas por parte dos EUA, algo nunca visto nas últimas décadas.

Rouhani disse que as sanções dos EUA contra o setor bancário do Irã, o comércio internacional e as exportações de petróleo são ainda mais rigorosas do que aquelas que o país sofreu durante a guerra de 8 anos com o Iraque, que se seguiu à Revolução Islâmica de 1979.

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