China diz que negociações com os EUA não acabaram e aponta 3 pontos de discórdia

© REUTERS / Kevin LamarquePresidente dos EUA, Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping, durante negociações entre EUA e China no G20, na Argentina
Presidente dos EUA, Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping, durante negociações entre EUA e China no G20, na Argentina - Sputnik Brasil
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O principal negociador comercial da China, Liu He, disse nesta sexta-feira em Washington que as negociações comerciais com os EUA continuariam em Pequim após dois dias de negociações e um aumento de tarifa nos EUA.

"As negociações não foram interrompidas, mas, ao contrário, isso é apenas uma reviravolta normal nas negociações entre os dois países", declarou Liu à mídia chinesa.

"Ambos os lados concordam que se reunirão novamente em Pequim no futuro e continuarão impulsionando as negociações", prosseguiu ele, sem dar uma data.

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Embora Liu tenha considerado os dois dias de conversações nos EUA "produtivos", ele destacou que as diferenças continuam existindo.

"Temos um consenso em muitas áreas, mas para falar francamente, há áreas em que temos diferenças e acreditamos que elas dizem respeito a grandes princípios", explicou. "Todo país tem princípios importantes e não faremos concessões em questões de princípio".

De acordo com a mídia estatal chinesa, três principais diferenças permanecem nas negociações comerciais entre Pequim e Washington.

O Diário Oficial do Povo do Partido Comunista e a agência de notícias oficial Xinhua disseram que, além do aumento das tarifas adicionais, as diferenças se concentraram nas compras comerciais e em um texto "equilibrado" para qualquer acordo comercial.

"A China nunca cederá à pressão máxima do lado dos EUA e não comprometerá as questões de princípio. A China deixou claro a necessidade de eliminar todas as tarifas adicionais para retomar o comércio bilateral normal", informou o Diário do Povo.

"A China claramente exige que os números das aquisições comerciais sejam realistas. O texto deve ser equilibrado e expresso em termos aceitáveis para o povo chinês e não prejudicar a soberania e a dignidade do país", acrescentou.

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A Xinhua, que relatou as mesmas três diferenças, disse que remover todas as tarifas adicionais era a "demanda comum" dos negócios e da agricultura dos EUA, e que ambos os países precisavam demonstrar mais paciência e perseverança para superar as dificuldades.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou nesta sexta-feira ao representante comercial dos EUA que inicie o processo de aumento de tarifas sobre todas as importações remanescentes da China, com o valor dos produtos sujeitos a nova rodada de tarifas em aproximadamente US$ 300 bilhões.

Os EUA já intensificaram sua guerra tarifária com a China na sexta-feira, aumentando as arrecadações de US$ 200 bilhões em mercadorias chinesas em meio a conversas de última hora para resgatar um acordo comercial.

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