Bolton realiza reunião 'rara' sobre Irã na sede da CIA, revela mídia

© AP Photo / Carolyn KasterEmblema da CIA em sua sede em Langley, Virgínia, EUA
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O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, teria realizado uma reunião “incomum” com altos funcionários dos serviços secretos e militares no quartel-general da CIA.

Segundo informa o The Hill, o encontro, realizado no dia 29 de abril, foi descrito como "raro" e "incomum", já que as reuniões de segurança nacional decorrem normalmente na sala de gerenciamento de crises da Casa Branca, e os altos funcionários da Casa Branca e membros do Gabinete não participam normalmente das reuniões da CIA.

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O relatório indica que Bolton preparou a reunião para uma discussão sobre o Irã, com a participação dos mais altos funcionários da inteligência e das Forças Armadas EUA, incluindo a diretora da CIA Gina Haspel, o secretário interino de Defesa Patrick Shanahan, o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Joe Dunford, o secretário de Estado Mike Pompeo e o diretor da Inteligência Nacional, Dan Coats.

Anteriormente, a NBC News informou que outras reuniões do tipo já haviam sido feitas, citando ex-oficiais de operações da CIA e responsáveis militares.

"Essas reuniões têm sido realizadas na sede da CIA para informar os oficiais superiores sobre ações secretas altamente sensíveis, tanto os resultados das operações existentes quanto as opções para novas operações", comunicou a reportagem.

A reunião foi realizada antes do anúncio do destacamento do porta-aviões USS Abraham Lincoln e de uma força-tarefa de bombardeiros nucleares B-52H para o Oriente Médio, onde o Comando Central dos EUA (CENTCOM) está operando, em meio ao aumento das tensões entre o Irã e os EUA.

A deslocação do grupo naval foi anunciada no dia 5 de maio, tendo sido confirmada por Shanahan, que alegou que a decisão foi tomada "em resposta a indicações de uma ameaça credível por parte das forças do regime iraniano".

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Washington está atualmente realizando uma campanha de pressão sobre o Irã, campanha considerada por Teerã como ato de "guerra psicológica", cujos desenvolvimentos recentes incluem a designação do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) como organização terrorista estrangeira e um endurecimento das sanções contra o país.

Em resposta, Teerã anunciou recentemente que planeja suspender alguns de seus compromissos do Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA), com o presidente iraniano Hassan Rouhani avisando os Estados signatários que eles têm 60 dias para retornar à mesa de negociações para garantir que os interesses do Irã sejam protegidos pelo acordo.

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