EUA teriam participado de plano para realojar nazistas na América, diz historiador

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O historiador argentino Abel Basti revelou que milhares de oficiais e líderes nazistas (incluindo o próprio Adolf Hitler) conseguiram se mudar para a América Latina e outras zonas do mundo depois da Segunda Guerra Mundial graças a um "plano" dos EUA de "absorver" o conhecimento alemão e o usar contra a União Soviética.

Abel Basti, autor de vários livros sobre o destino de Hitler após a queda do nazismo, disse à Sputnik Mundo que em 1945 houve um "pacto" entre o regime nazista e o governo dos EUA para permitir "a transferência para o Ocidente de pessoas, tecnologia, desenvolvimentos industriais e moeda" que pertenciam ao nazismo.

Em troca, os líderes do Terceiro Reich solicitaram que os EUA garantissem a "impunidade" de várias de suas figuras, começando no próprio Hitler.

Basti indicou que o objetivo dos EUA nesse acordo era aproveitar o conhecimento militar desenvolvido pelos nazistas, no âmbito da corrida armamentista que estava começando e que tinha na União Soviética seu principal concorrente.

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Segundo o historiador, assim "os especialistas em guerra química, bacteriologia e mísseis", bem como "toda a rede de espionagem alemã" ficaram ao serviço de Washington no período do pós-guerra.

O processo de "transferência" das capacidades alemãs se estendeu além da década de 1950 e incluiu todo o continente americano, disse o especialista. Segundo ele, os governos dos países latino-americanos, principalmente as ditaduras militares de direita interessadas em combater o comunismo, sabem desse plano.

Basti argumentou que o plano para a reinstalação dos nazistas contemplava dois tipos de casos: os nazistas "ativos", que se reincorporavam nos exércitos ou forças especiais dos países que os recebiam, e aqueles que iniciavam uma nova vida em segredo.

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Nessa última categoria, por razões óbvias, se encontrava o próprio Adolf Hitler, que segundo os trabalhos de Basti, não morreu em seu bunker em Berlim, mas conseguiu fugir para a Argentina. Com a impunidade assegurada, Hitler pôde se mover livremente em um território de mais de um milhão de hectares na Patagônia, desde Bariloche até Junín de los Andes.

Em seu próximo livro, intitulado "A Segunda Vida de Hitler", Basti promete divulgar o testemunho "da empregada que cuidou de Hitler" e revelar a história do "comandante alemão que foi seu secretário na Argentina".

A presença de vários altos cargos da Schutzstaffel no Brasil, na Bolívia, no Paraguai e no Chile, por exemplo, também teve a ver com essa "imigração" planejada dos nazistas para o continente americano, com o conhecimento da inteligência dos EUA.

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