Tempestades de poeira podem explicar perda de água em Marte

© Foto / Pixabay / ColiN00BVista de Marte
Vista de Marte - Sputnik Brasil
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Fortes tempestades elevam as moléculas de água no ar do Planeta Vermelho, onde podem ser facilmente perdidas no espaço.

Cientistas procuram entender como as partículas de poeira, que geralmente preenchem a atmosfera, poderiam impactar os astronautas e seus equipamentos. E é por isso que pela primeira vez os humanos possuem oito naves espaciais orbitando Marte ou itinerantes em sua superfície.

Para os pesquisadores, as fortes tempestades de poeira, como a que eliminou a sonda Opportunity da NASA, podem ter contribuído para eliminar parte da água de Marte. O fato aconteceu em 2018, quando uma tempestade de poeira bloqueou a luz solar na superfície do planeta, evitando que a sonda recarregasse suas baterias por semanas.

As tempestades de poeira são comuns na superfície de Marte, especialmente na primavera e verão do Hemisfério Sul marciano, que ocorrem por dias e podem cobrir regiões do planeta do tamanho dos EUA. Entretanto, as tempestades que circundam o planeta são imprevisíveis e algumas vezes podem durar meses.

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A NASA avistou as tempestades em ocasiões como em 1971 e posteriormente, em 1977, 1982, 1994, 2001, 2007 e 2018, sendo que a última foi a mais poderosa de todas.

Bilhões de anos atrás, Marte possuía uma atmosfera com muita água líquida, inclusive, deixando evidências de que lá havia rios, lagos e até mesmo oceanos, que cobriam aproximadamente 20% da superfície do planeta.

Marte perdeu sua barreira protetora, ou seja, o campo magnético, permitindo que as partículas solares removessem a maior parte de sua atmosfera, resultando na perda de capacidade de suportar água líquida, conforme publicação da NASA.

O cientista da NASA Geronimo Villanueva trabalhou com cientistas da ESA (Agência Espacial Europeia) e Roscosmos (Corporação Estatal de Atividades Espaciais da Rússia) para confirmar o poder das tempestades de poeira, que parecem elevar as moléculas de água a 80 quilômetros ou mais de sua altitude na superfície, onde o ar rarefeito e a radiação solar separam as moléculas de água em seus átomos constituintes de hidrogênio e oxigênio com facilidade.

"Quando você leva água para partes mais altas da atmosfera, ela evapora facilmente", afirmou Geronimo Villanueva.

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