Derretimento acelerado do Ártico despertará 'gigante adormecido', alertam cientistas

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Os cientistas asseguram que o derretimento do gelo no Ártico provocará liberação acelerada de gases de efeito de estufa, o que, por sua vez, irá aumentar o aquecimento global.

O aumento da temperatura no Ártico põe em perigo o permafrost, ou seja, os terrenos e rochas permanentemente congelados nas zonas mais setentrionais do hemisfério norte, o que poderia agravar as consequências negativas para o meio ambiente, já que irá acelerar a liberação de gases e aumentar o ritmo do aquecimento global.

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De acordo com uma pesquisa liderada por Merritt Turetsky da Universidade de Guelph (Ontário, Canadá), publicada na revista científica Nature, à medida que a temperatura aumenta, os microrganismos descompõem a matéria orgânica do solo, liberando gases de efeito de estufa tais como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso.

Estas mudanças ambientais preocupam bastante a comunidade científica. Nos dias de hoje a temperatura da região ártica aumenta duas vezes mais rápido que a temperatura média mundial. Isso afeta a região de permafrost, cujo rápido colapso pode acontecer em poucos dias ou semanas, o que irá alterar uma paisagem que demorou milhões de anos a se formar. 

Esta situação levará a que, no lugar de ecossistemas florestais, aparecerão lagos de gelo descongelado e terras úmidas, alterando assim o habitat da vida selvagem.

O caráter abrupto do processo de degelo atua de forma mais acelerada sobre as reservas de dióxido de carbono mais profundas, o que leva à liberação de metano, um gás que tem efeito de estufa muito mais forte que o dióxido de carbono.

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"Estamos vendo este gigante adormecido a despertar mesmo em frente aos nossos olhos. Isto está acontecendo mais rápido do que o esperado'', afirmou Turetsky.

Frente a esta situação, a equipe de cientistas recomendou reforçar o controle sobre este setor do Ártico e sobre os efeitos do degelo, com a consequente reformulação das políticas de gestão ambiental.

"As nossas oportunidades para agir estão diminuindo, mas ainda temos e podemos fazer alterações para salvar o Ártico como o conhecemos hoje e, juntamente com ele, o clima da Terra", assegurou Turetsky.

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