Premiê do Japão revela desejo de se encontrar com líder da Coreia do Norte

© AP Photo / Andrew HarnikPresidente norte-americano Donald Trump cumprimenta o premiê japonês Shinzo Abe
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Houve sinais de uma nova diplomacia entre o Japão e a Coreia do Norte nesta sexta-feira, depois que o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe sugeriu que uma reunião com Kim Jong-un, sem qualquer "pré-condição", era uma possibilidade.

A resolução da questão dos cidadãos japoneses "raptados" por Pyongyang há muito é considerada por Tóquio como precursora de qualquer possível degelo nas relações entre as duas potências.

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No entanto, uma potencial mudança de política foi indicada por Abe durante uma entrevista com o jornal Sankei, na qual ele disse que a única maneira de "romper a atual desconfiança mútua" era que ambos os líderes se encontrassem.

"É por isso que gostaria de conhecê-lo sem estabelecer condições prévias e manter discussões francas. Espero que ele seja um líder que possa determinar de forma flexível e estratégica o que é melhor para o seu país", afirmou ele ao jornal.

A última vez que os líderes dos dois países se encontraram foi em 2004, quando o pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, conheceu o primeiro-ministro japonês Junichiro Koizumi. Eles foram incapazes de fazer qualquer progresso na questão dos sequestrados, resultando em um impasse diplomático que dura até hoje.

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No entanto, uma enxurrada de cúpulas entre o atual líder norte-coreano e as grandes potências no ano passado deixou Abe como o único jogador regional a não se sentar com ele. Até agora, Kim já realizou três cúpulas com seu colega sul-coreano, Moon Jae-in, e no mês passado ele se sentou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para discutir o comércio bilateral e a desnuclearização.

O encontro mais empolgante foi com o presidente dos EUA, Donald Trump. Depois de uma histórica reunião inaugural em Singapura em junho passado, ambas as partes expressaram otimismo após concordarem em apoiar o desarmamento nuclear completo na península coreana.

No entanto, uma segunda cúpula "fracassada" em Hanói, em fevereiro, levou Kim a abandonar a mesa precocemente devido a divergências quanto ao levantamento de sanções. Autoridades norte-coreanas criticaram mais tarde Washington alegando que a equipe de Trump usou uma "abordagem gângster" nas negociações.

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