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Especialista defende engenharia genética em contrapartida a agrotóxicos

© AP Photo / Andre PennerExportações do agronegócio somaram US$ 96 bilhões em 2017
Exportações do agronegócio somaram US$ 96 bilhões em 2017 - Sputnik Brasil
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Ocorre agora, entre os dias 29 de abril e 3 de maio, a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O evento tem como objetivo apresentar soluções aos produtores rurais para aumentar sua produção.

Um dos estandes do evento deste ano foi criado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e oferece ao produtor rural opções que dispensam o uso de produtos químicos, conhecidos também como agrotóxicos.

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Para entender melhor quais alternativas podem ser utilizadas pelo agronegócio para minimizar o uso de agrotóxicos nocivos ao meio ambiente e a população, a Sputnik Brasil entrevistou Warwick Manfrinato, engenheiro agrônomo e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).

O Brasil é conhecido como um dos países onde mais se faz uso de agrotóxicos, para contornar esse dado, Manfrinato defende o uso de outras tecnologias em oposto aos agrotóxicos.

"Ao invés de nos envenenarmos com quantidades excessivas de agrotóxicos, nós poderíamos também utilizar dessas técnicas mais sofisticadas que a engenharia genética nos permite", defende.

O engenheiro agrônomo disse que já é possível criar insetos, por exemplo, que ataquem pragas e ajudem a eliminá-las.

"Já existe tecnologia para você desenvolver fungos ou espécies que atacam as pragas isentando a utilização de agroquímicos de qualquer natureza. Você solta um determinado inseto que você criou em laboratório numa cultura de cana de açúcar e evita de aplicar um inseticida", exemplificou.

O problema, apresentado pelo próprio Manfrinato, é o alto custo que esse tipo de técnica pode representar. Para isso, ele defende que haja políticas públicas que tornem o acesso a esse tipo de recurso menos custosas.

"Se nós conseguirmos esclarecer a população sobre os organismos geneticamente modificados e tivermos políticas públicas que assegurem o acesso a essas tecnologias sem causar dependência econômica de setores menos privilegiados, que muitas vezes não conseguem acessar essas tecnologias de maneira adequada, acho que estaremos em um bom caminho no Brasil", disse.

No entanto, parece que o empenho em mudar essa realidade está longe de ser grande, já que desde o início do governo Bolsonaro o número de solicitações para registro de novos agrotóxicos aumentou cerca de 80% em comparação com o mesmo período de 2018, segundo uma reportagem do site Rede Brasil Atual.

Antes de completar 100 dias, o governo Bolsonaro já havia concedido 152 novos registros. Se seguir nesse ritmo, até o final do ano serão algo em torno de 555. No ano passado foram 450 registros.

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