China diz que mais países entrarão na Nova Rota da Seda e anuncia US$ 64 bilhões em investimentos

© Sputnik / Aleksei NikolskyPresidente chinês, Xi Jinping, durante reunião da cúpula da Iniciativa Cinturão e Rota
Presidente chinês, Xi Jinping, durante reunião da cúpula da Iniciativa Cinturão e Rota - Sputnik Brasil
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O presidente chinês, Xi Jinping, disse neste sábado (27) que US $ 64 bilhões em acordos foram assinados na cúpula de sua Iniciativa Cinturão e Rota que mais nações se unirão ao programa de infraestrutura global.

Xi e 37 líderes mundiais encerraram a cúpula do projeto, também conhecido como Nova Rota da Seda, em Pequim.

"Estamos comprometidos em apoiar o desenvolvimento aberto, limpo e verde e rejeitar o protecionismo", disse Xi à imprensa.

O projeto é sua vitrine na política externa e visa reinventar a antiga Rota da Seda para conectar a Ásia à Europa e à África através de investimentos maciços em projetos marítimos, rodoviários e ferroviários - com centenas de bilhões de dólares em financiamento de bancos chineses.

Mas os críticos dizem que o projeto de seis anos é um plano para impulsionar a influência global de Pequim, repleta de acordos opacos que favorecem as empresas chinesas e sobrecarregam as nações com dívidas e danos ambientais.

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Os EUA, a Índia e algumas nações europeias encaram a iniciativa com desconfiança. Washington não enviou representantes para a reunião.

"O fórum deste ano envia uma mensagem clara: mais e mais amigos e parceiros se unirão na Iniciativa do Cinturão e Rota", disse Xi.

Um documento divulgado após a reunião mostrou que Guiné Equatorial, Libéria, Luxemburgo, Jamaica, Peru, Itália, Barbados, Chipre e Iêmen foram os últimos países a aderir ao clube.

Xi disse que empresas conduzirão todos os projetos da Nova Rota da Seda e que os princípios de mercado se aplicarão, com os governos fornecendo um papel de apoio.

"Isso tornará os projetos mais sustentáveis ​​e criará um ambiente justo e não discriminatório para os investidores estrangeiros", pontuou Xi.

O líder chinês afirmou que os líderes empresariais reunidos em um evento paralelo assinaram cerca de US$ 64 bilhões em negócios durante o fórum, sem fornecer detalhes.

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No pitoresco Lago Yanqi, nos arredores de Pequim, líderes da Europa, África, Ásia e América Latina se reuniram para emitir um comunicado conjunto (link em inglês).

O encontro incluiu o presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte, cuja nação se tornou o primeiro membro do G7 a se unir à Nova Rota da Seda, e o paquistanês Imran Khan. Também compareceram o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) Christine Lagarde.

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