Rússia conclui testes com reatores de usina nuclear móvel antes do início das operações

© Sputnik / Alexander Galperin / Acessar o banco de imagensUsina nuclear flutuante russa Akademik Lomonosov
Usina nuclear flutuante russa Akademik Lomonosov - Sputnik Brasil
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A usina nuclear flutuante russa Akademik Lomonosov está um passo mais perto de se tornar totalmente operacional após um teste bem-sucedido de seus núcleos de reatores nucleares. O plano é fornecer energia para áreas costeiras remotas sob demanda.

A embarcação experimental foi construída para a gigante russa de energia nuclear Rosatom, como prova da viabilidade econômica de uma usina nuclear movida por um mar móvel. Seus núcleos de reatores foram carregados com barras de combustível em maio de 2018 e desde então provaram sua segurança e confiabilidade, de acordo com sua subsidiária.

"Em 31 de março de 2019, os reatores No 1 e 2 da Unidade de Energia Flutuante (FPU) atingiram com sucesso 100% da capacidade de energia. O teste confirmou a operação confiável de equipamentos primários e auxiliares da FPU e a automação de seus processos tecnológicos", informou a subsidiária Rosenergoatom em comunicado nesta quarta-feira.

O fim do teste permitirá que a usina obtenha sua licença de operação, que o proprietário espera que aconteça em julho. Em seguida, partirá para Pevek, uma cidade portuária na costa ártica da região de Chukotka, onde estão sendo executados os trabalhos de infraestrutura costeira necessários para anexar a Akademik Lomonosov às redes elétricas e de aquecimento das cidades.

Em dezembro, a usina flutuante começará a fornecer energia para a cidade, o que permitirá a desativação de duas estações de energia em terra.

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A usina flutuante tem dois reatores de água pressurizada KLT-40, que também são usados em quebra-gelos da classe Taimyr da Rússia e na transportadora de contêiner Sevmorput. Juntos, os dois núcleos geram até 70 MW de energia elétrica ou até 300 MW de calor, o que é suficiente para atender uma cidade do norte de até 100.000 habitantes, segundo a Rosatom.

A empresa vê a usina flutuante como uma solução comercialmente viável para consumidores intensivos em energia em locais remotos, como assentamentos isolados, ilhas ou grandes plataformas de petróleo offshore. A energia térmica pode, alternativamente, ser usada para dessalinizar a água do mar, em vez de manter as casas aquecidas. A Rosatom está atualmente projetando uma plataforma de embarcação menor equipada com reatores do tipo RITM-200M mais potentes como parte de sua pesquisa.

Usar navios como fontes de energia para consumidores em terra não é novidade. A usina nuclear flutuante MH-1A, construída nos EUA, foi implantada na Zona do Canal do Panamá no final dos anos 1960 e aposentou-se depois que a capacidade de geração em terra estava pronta para substituí-la. No entanto, altos custos operacionais e preocupações de segurança mantiveram esse tipo de fonte de energia longe do mercado comercial.

A China é outra nação que atualmente explora o potencial de usinas nucleares flutuantes.

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