'Levante as sanções e peça desculpas se quiser conversar', diz líder iraniano aos EUA

© AP Photo / Vahid SalemiHassan Rouhani, presidente do Irã
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Os EUA devem primeiro suspender as sanções e pedir desculpas, se quiserem se sentar para as negociações, afirmou o presidente do Irã, Hassan Rouhani, depois que Washington intensificou a "pressão máxima" sobre Teerã.

"A negociação só é possível se todas as sanções forem levantadas, eles peçam desculpas por suas ações ilegais e exista respeito mútuo", disse Rouhani nesta quarta-feira.

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Ele afirmou que Teerã está aberto a negociações com Washington, mas os EUA simplesmente "não estão prontos para qualquer diálogo" e só procuram "subjugar o povo do Irã".

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou que o país vai impedir qualquer tentativa dos EUA de bloquear seu comércio de petróleo.

"Os esforços dos EUA para boicotar a venda do petróleo do Irã não os levarão a lugar nenhum. Vamos exportar nosso petróleo tanto quanto precisamos e pretendemos. Eles devem saber que sua medida hostil não ficará sem resposta. A nação não fica ociosa diante de animosidades", escreveu no Twitter.

A advertência veio depois que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou que Washington deixaria de emitir uma isenção de sanções para os compradores de petróleo iraniano. Isso foi feito como parte da campanha para aplicar "pressão máxima" sobre Teerã, disse ele.

"A pressão máxima sobre o regime iraniano significa pressão máxima. É por isso que os EUA não farão exceções aos importadores de petróleo iraniano. O mercado global de petróleo continua bem abastecido. Estamos confiantes de que permanecerá estável à medida que as jurisdições se afastarem do petróleo iraniano", comentou.

Os dois Estados permanecem em um impasse diplomático depois que o presidente Donald Trump retirou unilateralmente os EUA do Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA) no programa nuclear iraniano no ano passado. Os EUA então re-impuseram sanções aos setores energético e bancário do Irã.

O Irã criticou as sanções como ilegais segundo a lei internacional e prometeu retaliar se Washington tomar medidas para atacar seu carregamento de petróleo.

No início deste mês, os EUA listaram o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC) do Irã como uma "organização terrorista". Teerã respondeu do mesmo modo fazendo o mesmo com o Comando Central dos EUA (Centcom).

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