Brian Hook: 'Ou [países parceiros] trabalham com os EUA ou continuam a lidar com o Irã'

© AP Photo / Vahid SalemiRefinaria de petróleo ao sul de Teerã, capital do Irã
Refinaria de petróleo ao sul de Teerã, capital do Irã - Sputnik Brasil
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O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou decisão de não reemitir exceções para que países importem petróleo iraniano. Medida impacta principalmente China, Turquia e Índia.

Mais de 20 países reduziram seu comércio de petróleo com o Irã a zero desde maio passado, disse Brian Hook, representante especial dos EUA em uma entrevista coletiva nesta terça-feira.

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O oficial observou que Washington deu escolha a outros países: ou trabalham com os Estados Unidos ou continuam a lidar com o Irã.

"Não há evidências de que algum desses países esteja pensando em escapar das sanções americanas", disse ele.

Ao mesmo tempo, Hook prometeu que os EUA ajudarão o Iraque a aumentar sua produção de petróleo, de modo que a Turquia e outros países importadores permaneçam bem supridos depois que Washington acabar com as dispensas de sanções do Irã.

"Temos trabalhado em importantes aberturas diplomáticas e ajudado o lado técnico do Iraque a aumentar sua produção, e estamos muito satisfeitos em ver volumes significativos de petróleo iraquiano sendo importados agora para a Turquia", disse Hook. "Essas aberturas continuarão para que a Turquia, assim como todos os países importadores, consigam obter o petróleo necessário para continuar a desenvolver suas economias".

As renúncias, que não serão reeditadas depois de expirarem em maio, como Trump anunciou segunda-feira, foram emitidas a oito países em novembro de 2018, incluindo China, Japão, Índia, Itália, Grécia, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia. No entanto, a Grécia, a Itália e Taiwan decidiram interromper as importações de petróleo iraniano mesmo sem precisar fazê-lo.

Comentando a decisão, Washington anunciou que os EUA, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU) garantiriam que o mercado global de petróleo continuará sendo "adequadamente suprido".

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A medida gerou um aumento significativo nos preços do petróleo: o benchmark internacional aumentou 2,6%, para US$ 73,87 por barril, o maior desde o início de novembro, enquanto o mercado futuro subiu 2,4%, para US$ 65,52.

O anúncio atraiu objeções rápidas da Turquia e China, que estavam entre os países que anteriormente receberam tais renúncias. O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, criticou a decisão dos EUA em um post no Twitter, dizendo que seu país rejeita sanções unilaterais e tentativas dos EUA de impor regras sobre as relações da Turquia com seus vizinhos.

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