Trump parabeniza Netanyahu por vitória: 'Com ele há mais chance de paz com palestinos'

© AP Photo / Oded BaliltyA man walks by an election campaign billboard showing Israel's Prime Minister Benjamin Netanyahu, the Likud party leader, in Tel Aviv, Israel, Sunday, April 7, 2019
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O presidente dos EUA, Donald Trump, telefonou para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta quarta-feira para parabenizá-lo por sua reeleição, informou o premiê israelense, agradecendo seu aliado por "tremendo apoio a Israel".

Netanyahu twittou que Trump o chamou diretamente do Air Force One, o avião presidencial estadunidense. O presidente dos EUA estava em um voo para o Texas.

Netanyahu assegurou um caminho claro para a reeleição na quarta-feira e um quinto mandato recorde no cargo, com partidos religiosos-direitistas prontos para entregar a ele uma maioria parlamentar, apesar de uma disputa acirrada contra seu principal desafiante centrista.

"Trump felicitou calorosamente a mim e ao povo de Israel", escreveu Netanyahu.

Lieutenant General Benny Gantz, then Israel's chief of staff, shakes the hand of defence minister Moshe Yaalon at a press conference with Benjamin Netanyahu in 2014 - Sputnik Brasil
Netanyahu e ex-general declaram vitória em apertada eleição em Israel

"(Eu) agradeci ao presidente Trump por seu tremendo apoio a Israel, incluindo o reconhecimento de Jerusalém e das Colinas de Golã", acrescentou.

Rompendo com décadas de política dos EUA e consenso internacional, Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel em 2017 e a soberania israelense sobre as colinas ocupadas do Golan no mês passado. Trump mudou a embaixada dos EUA para Jerusalém em maio passado, irritando ainda mais os palestinos.

Netanyahu informou ainda que, no telefonema, ele também agradeceu Trump por designar a elite da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã como uma organização terrorista na segunda-feira.

Em declarações aos repórteres na Casa Branca, Trump disse que a reeleição de Netanyahu melhorou as chances de paz entre Israel e os palestinos.

"Todo mundo diz que você não pode ter paz no Oriente Médio, com Israel e os palestinos", disse Trump a repórteres na Casa Branca. "Acho que temos uma chance. Acredito que agora temos mais chances de Bibi ter vencido", afirmou, referindo-se a Netanyahu, que lidera o partido conservador Likud, por seu apelido.

"Ele tem sido um grande aliado e é um amigo. Eu gostaria de parabenizá-lo por uma corrida bem pensada", complementou Trump.

Durante a campanha eleitoral, Netanyahu destacou sua estreita relação com Trump, erguendo outdoors mostrando os dois líderes sorrindo e apertando as mãos.

Os resultados da votação de terça-feira em Israel ocorreram apesar das acusações de corrupção contra o premiê de 69 anos e o colocaram no caminho para se tornar o primeiro-ministro israelense mais antigo ainda este ano.

Os resultados finais são esperados para esta quinta-feira, com votos para os soldados e outras categorias especiais de eleitores ainda a serem contados.

Os resultados parecem deixar o presidente Reuven Rivlin, que deve pedir a um dos candidatos para formar um governo, com poucas opções a não ser escolher Netanyahu.

As negociações intensivas da coalizão seguirão e poderão se arrastar por dias ou até semanas.

Rivlin disse que iniciaria consultas com chefes de partido na semana que vem antes de tomar sua decisão.

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Paz ainda possível?

Uma equipe liderada pelo assessor e genro de Trump, Jared Kushner, está trabalhando em um plano de paz entre israelenses e palestinos, mas não divulgou detalhes.

O principal negociador palestino, Saeb Erekat, disse que "os israelenses votaram pela preservação do status quo. Eles disseram 'não' à paz e 'sim' à ocupação".

Os palestinos exigem um retorno total às fronteiras que existiam antes da guerra de 1967, quando Israel tomou a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza.

Netanyahu disse no sábado que anexaria os assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada se ele ganhasse outro mandato.

A última rodada de negociações de paz mediadas pelos EUA entre Israel e os palestinos entrou em colapso em 2014.

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