EUA não descartam ataque nuclear preventivo para reforçar dissuasão, segundo relatório

© AFP 2023 / PAUL CROCKBombardeiro B-1B da Força Aérea dos EUA (foto de arquivo)
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Washington diz que não quer focar na política de "não ser o primeiro" a utilizar armas nucleares, já que a doutrina em questão poderia pôr em dúvida sua capacidade de defender parceiros, de acordo com o relatório do subsecretário adjunto de Defesa norte-americano, David Trachtenberg.

O documento, de 28 de março de 2019, frisa que Washington há muito tempo mantém uma política de "ambiguidade construtiva", que "dissuadiu os potenciais adversários de coação ou de agressão nuclear desde o início da era nuclear".

"A política de 'não ser o primeiro' [a utilizar armas nucleares] minaria a dissuasão ampliada dos EUA e prejudicaria a saúde de nossos aliados, já que poria em dúvida a garantia de que os Estados Unidos defenderiam seus aliados em circunstâncias extremas", afirmou Trachtenberg.

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Além disso, o relatório indicou quais são as "circunstâncias extremas" que impulsionariam as autoridades dos EUA a usar armas. Entre outras causas, foram mencionados "ataques estratégicos significativos não nucleares" contra civis, instalações, forças nucleares e os comandos deles não somente dos EUA, mas também dos aliados.

Ao mesmo tempo, Trachtenberg indicou que a incerteza sobre a garantia de segurança poderia fazer com que os sócios dos EUA comecem a desenvolver próprias armas nucleares para proteção.

O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), assinado em 1987 entre os EUA e a URSS, foi um dos pilares do moderno regime de supervisão e controle sobre a não proliferação das armas nucleares. Os EUA suspenderam suas obrigações no âmbito do tratado no dia 2 de fevereiro, ao acusarem a Rússia de violá-lo. No dia 3 de março, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou o decreto para a suspensão do Tratado INF.

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