'Mudança de estratégia': por que EUA querem abrir mão do porta-aviões Harry S. Truman?

CC BY 2.0 / Marinha dos EUA / Marinha dos EUAPorta-aviões americano USS Harry S. Truman
Porta-aviões americano USS Harry S. Truman - Sputnik Brasil
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O orçamento da Marinha dos EUA para o ano de 2020 prevê o descomissionamento e desmontagem do porta-aviões nuclear USS Harry S. Truman, duas décadas antes do previsto.

Em 2024, a embarcação, comissionada em 1998, deveria passar por reformas com o recarregamento dos reatores nucleares. Porém, segundo especialistas do Pentágono, se os EUA dispensarem este procedimento, daria para economizar US$ 6,5 bilhões no orçamento da Marinha. Tomando em conta as despesas de utilização do porta-aviões até o final do serviço em 2048, a economia pode corresponder a mais de US$ 30 bilhões.

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Tal passo contradiz os planos dos EUA de criar uma frota de 12 porta-aviões, de acordo com a edição Stars&Stripes. No momento, Washington dispõe de 11 embarcações deste tipo: 10 da classe Nimitz e o porta-aviões almirante de nova geração Gerald R. Ford. No momento, está em curso a construção de mais dois navios do tipo, porém, estes só estarão prontos em meados dos anos 2020. Outros dois porta-aviões, o "fundador" da série Nimitz e o George H.W. Bush, no momento estão passando por obras de reparação. O último sairá do estaleiro somente em 2021. Enquanto isso, segundo a edição, os EUA continuam dispondo da maior frota de porta-aviões do mundo.

Mesmo assim, a retirada de um navio com altas capacidades de combate, que não seja obsoleto, pode evidenciar uma mudança na estratégia naval norte-americana, lê-se na matéria.

Com o desenvolvimento dos meios antinavio russos e chineses, os porta-aviões deixaram de ser uma "arma absoluta", ficaram mais vulneráveis, podendo acabar sendo "túmulos caros" para os tripulantes, segundo a matéria do Stars&Stripes. Por exemplo, o míssil chinês DF-21D, segundo as autoridades da China, é capaz de atacar um porta-aviões, enquanto os mísseis DF-26, versão modernizada dos DF-21, alegadamente são capazes de atingir o território da ilha norte-americana de Guam, onde se localizam algumas bases militares dos EUA, concluiu a edição.

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