Como seria a resposta de Israel ao bombardeio desde a Faixa de Gaza?

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Soldados israelenses na fronteira com a Faixa de Gaza - Sputnik Brasil
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A resposta de Israel ao disparo de foguetes desde a Faixa de Gaza poderia ser em grande escala e levar a uma deterioração da situação, mas é improvável que dure muito tempo, disse Dmitry Mariasis, chefe do Departamento de Estudo de Israel e Comunidades Judaicas do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia.

Os israelenses ameaçam responder firmemente ao foguete que destruiu uma casa na parte central do país em 25 de março, feriu 7 pessoas, incluindo 3 crianças, e forçou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a interromper sua visita aos EUA. Israel responsabilizou o movimento Hamas pelos bombardeios, que podem resultar em uma escalada do conflito, e já anunciaram a concentração de tropas adicionais perto das fronteiras do enclave palestino.

"O problema é que eles realmente atingiram uma casa de habitação, muito depende das vítimas e da distância. Esta é uma situação muito difícil. O exército não pode ficar de fora disto e haverá uma resposta firme. Eu acho que podemos esperar um agravamento da situação, é bem possível que seja em grande escala", disse o especialista em uma entrevista à Sputnik.

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Mariasis explica que, pela primeira vez em 5 anos, os foguetes de fato atingiram Tel Aviv, seu subúrbio de Mishmeret, o que pode resultar em uma ação das forças terrestres israelitas, pois Israel poderá não se limitar ao uso da Força Aérea ou ao bombardeamento da Faixa de Gaza e é possível esperar que algum tipo de forças especiais ou outras unidades terrestres limpem a área.

"Eu acho que vamos assistir a uma reação muito firme, e a razão não é só terem atingindo uma casa, mas também que faltam algumas semanas para as eleições e um político sério (primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu) não pode ficar de lado. Porque se ele agora tentar acalmar a população, isso pode não ser compreendido, e em vésperas das eleições isso poderia custar-lhe o mandato de primeiro-ministro", explicou o especialista.

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Segundo o especialista, "o agravamento da situação pode durar várias semanas, mas é pouco provável que dure muito tempo, porque poderia haver mais vítimas. Neste caso, não podem ser evitadas perdas do lado das Forças de Defesa de Israel. "Eu não acho que a liderança política e militar do país esteja pronta para arriscar tanto a vida dos soldados neste momento. Vai levar algumas semanas, acho eu. Vamos ver como reage o Hamas", disse Mariasis.

Os meios de comunicação social locais citam fontes desconhecidas do movimento islâmico palestino, que afirmam que o lançamento poderia ter sido efetuado por erro. A mesma explicação foi dada há dez dias, quando dois foguetes foram disparados contra Tel Aviv, e no final do ano passado, quando um foguete caiu no mar perto da parte central densamente povoada de Israel.

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