Preço do petróleo e sanções: trunfos na manga dos EUA?

© AP Photo / Fernando LlanoPoço de petróleo na Venezuela (foto de arquivo)
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O preço do petróleo começou a crescer depois que os países membros da OPEP tomaram a decisão de reduzir os níveis de extração. Levando em conta o preço do marcador WTI, a extração de petróleo nas jazidas dos EUA se torna cada vez mais rentável, destaca o especialista em energia Sergei Pikin.

Em particular, o preço do West Texas Intermediate (WTI) alcançou em 21 de março seu maior nível em 2019 e se situa em 60,39 dólares por barril, tendo subido 0,8% em uma semana, informou a Reuters.

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O diretor do Fundo de Desenvolvimento Energético da Rússia, Sergei Pikin, opina que o custo de perfuração e do serviço de manutenção baixaram nos últimos cinco anos.

Segundo a Agência Internacional de Energia, em 2021 os EUA poderiam exportar mais petróleo do que importam. Pikin sublinhou, por sua vez, que estes cálculos relativos ao ano poderiam ser inexatos.

"Há que entender que as refinarias petrolíferas dos EUA se especializam em refinação do petróleo pesado que é extraído na Venezuela, Canadá a Arábia Saudita […] Apesar do grande volume de extração do petróleo leve, a demanda por seu análogo pesado se manterá", explicou ele em uma entrevista à Sputnik Mundo.

Entretanto, ele acrescentou que os EUA poderiam atingir o objetivo de exportar mais petróleo do que importam em 2022. Tudo dependerá de fatores como o preço e o estado financeiro das empresas americanas.

"Se o custo é diferente, a rentabilidade também será distinta. Em geral, a atual situação é favorável para os EUA", revelou ele.

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Além disso, Pikin comentou a situação das sanções contra a Venezuela e o Irã. Ele opinou que a pressão energética dos EUA contra Caracas é favorável para Washington do ponto de vista da extração petrolífera.

"Quanto mais alta for a pressão das sanções, mais alto será o nível de incerteza e os riscos no mercado e, como resultado, e preço do petróleo crescerá", declarou ele.

Contudo, Pikin sublinhou que a pressão dos EUA contra o Irã não beneficia os consumidores americanos, porque enquanto os EUA importam mais petróleo de que exportam a gasolina será mais cara.

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