Índia e Paquistão estiveram à beira da guerra após conflito em Caxemira, segundo imprensa

© AFP 2023 / STRMilitares paquistaneses junto aos destroços do caça indiano na Caxemira, no espaço controlado pelo Paquistão
Militares paquistaneses junto aos destroços do caça indiano na Caxemira, no espaço controlado pelo Paquistão - Sputnik Brasil
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Durante um desfile militar em Islamabad no sábado (23) o presidente paquistanês Arif Alvi sublinhou que o recente conflito entre a Índia e o Paquistão foi "muito perigoso para a estabilidade da região".

As relações entre a Índia e o Paquistão quase atingiram o ponto de ruptura a 27 de fevereiro, quando os dois países vizinhos estiveram à beira da guerra. O Hindustan Times citou várias fontes em Nova Deli, Islamabad e Washington para tentar perceber a gravidade e cronologia da situação.

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As fontes afirmaram que a ameaça surgiu depois que o Paquistão derrubou um avião da Força Aérea da Índia (IAF) e capturou seu piloto após o tiroteio de 27 de fevereiro entre aviões paquistaneses e indianos na região de Caxemira. O conflito também teria levado ao derrubamento de um caça F-16 paquistanês.

O combate aéreo aconteceu apenas um dia após um ataque aéreo indiano ao que Nova Deli disse ser um campo terrorista no Paquistão. Islamabad negou a existência de tal campo na área e alegou que as bombas indianas tinham explodido em uma encosta vazia.

"Não sei nada sobre o botão nuclear […]. Mas o primeiro-ministro indiano, Modi, deu sinal verde a todas as medidas se algum dano fosse causado aos militares da IAF por parte do Exército do Paquistão […]. A Índia estava preparada para seguir pelo caminho dos mísseis em 27 de fevereiro", disse um membro do Comitê de Segurança do Gabinete da Índia ao Hindustan Times.

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Outras fontes afirmaram que "toda a máquina militar indiana estava em alerta vermelho" nesses dias, citando o ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Shah Mahmood Qureshi, dizendo que a noite de 27 de fevereiro foi "crítica".

Segundo ele, qualquer ataque indiano seria visto como um "ato de guerra" se houvesse vítimas ou fossem alvejadas instalações militares.

"Não tenho dúvida de que haverá outro ataque. Estou dizendo ao país que devemos permanecer preparados, devemos fazer tudo para nos defendermos e devemos estar unidos. Pode haver um ataque aéreo ou um ataque terrestre, e eles vão tentar obter dividendos políticos […] Mas espero que eles mostrem contenção, como a comunidade internacional deseja", ressaltou Qureshi.

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O presidente paquistanês Arif Alvi, por sua vez, acusou a Índia de atitude "irresponsável" em meio às tensões bilaterais, elogiando a resposta imediata e eficaz de Islamabad ao que ele descreveu como "agressão indiana".

"Após o ataque de Pulwama, a Índia culpou o Paquistão sem qualquer evidência. A Índia não aderiu às leis internacionais e violou o espaço aéreo do Paquistão", disse Alvi, referindo-se ao ataque de 14 de fevereiro a um destacamento de segurança indiano na área controlada pelos militantes islâmicos baseados no Paquistão, que custou a vida de pelo menos 40 agentes.

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