Imprensa confirma intenção dos EUA em testar mísseis proibidos por tratado com Rússia

© AP Photo / Força Aérea dos EUAUm míssil balístico intercontinental Minuteman III desarmado é lançado durante teste operacional realizado na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia. (arquivo)
Um míssil balístico intercontinental Minuteman III desarmado é lançado durante teste operacional realizado na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia. (arquivo) - Sputnik Brasil
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O teste está programado para quando Washington concluir o procedimento de retirada do Tratado. No início desta semana, o Pentágono anunciou sua decisão de retomar a fabricação de peças para mísseis que violam o tratado.

Os Estados Unidos planejam testar dois sistemas de mísseis proibidos pelo Tratado de Forças Nucleares de Faixa Intermediária (INF), do qual os EUA anunciaram a decisão de se retirar ainda este ano, informou o The Hill nesta quarta-feira.

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Um novo míssil de cruzeiro está programado para ser testado em agosto, enquanto um míssil balístico de longo alcance será testado em novembro, disseram autoridades de defesa aos repórteres do veículo. Sob o tratado INF, todos os mísseis com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros são proibidos. O novo míssil de cruzeiro deve ter um alcance de 1.000 quilômetros, enquanto o míssil balístico terá alcance de 3.000 a 4.000 quilômetros, disseram os oficiais.

Nenhum dos dois mísseis será armado com ogivas nucleares, o que vai ao encontro da declaração anterior do Pentágono, na qual o Departamento dizia que seus esforços de mísseis são "apenas convencionais — não nucleares".

Durante o lançamento do orçamento do Pentágono na terça-feira, as autoridades se esquivaram de recursos para sistemas que violam o INF. No mês passado, porém, o  presidente Donald Trump anunciou que os EUA se retirariam unilateralmente do tratado, acusando o míssil russo 9M729 de violar as limitações impostas pelo texto.

A Rússia nega as alegações, apontando que os sistemas americanos de defesa antimísseis implantados na Europa podem ser reaproveitados de forma ofensiva e, portanto, violam o tratado. Moscou respondeu à decisão do presidente Trump suspendendo sua própria participação.

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