Podem as nuvens desaparecer da Terra? Cientistas dizem que sim

CC0 / jplenio/Pixabay / NuvemNuvens sobre cidade (imagem ilustrativa)
Nuvens sobre cidade (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil
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Uma recente investigação científica adverte que uma alta concentração de dióxido de carbono na atmosfera da Terra pode fazer as nuvens desaparecerem do céu. Como resultado, o oceano ficará mais vulnerável à luz do Sol.

De acordo com o grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia, os estrato-cúmulos — nuvens baixas com massas arredondadas e cilíndricas com o topo e a base relativamente planos — servem para proteger a Terra do calor excessivo. Ou seja, se as nuvens desaparecerem, a temperatura no planeta seria oito graus Celsius mais alta — para já não falar sobre o aumento entre 2 e 4 graus Celsius causado pelo efeito de estufa.

Essa mudança, por sua vez, levaria a sérios cataclismos e causaria a extinção em massa de animais e plantas.

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Segundo indicam os pesquisadores, a Terra já sofreu um fenômeno similar há 55 milhões de anos: o planeta aqueceu a tal ponto que os crocodilos passaram a nadar nas águas do Ártico, enquanto numerosas espécies de mamíferos não sobreviveram.

Essa drástica mudança climática ficou conhecida como o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno. Foi um dos cataclismos climáticos mais significativos da era Cenozoica, que alterou a circulação oceânica e atmosférica, causando uma grande mudança na fauna terrestre.

Na opinião dos cientistas, o aquecimento poderia ter sido desencadeado por causas diferentes, mas os principais foram a intensa atividade vulcânica e a liberação do metano armazenado nos sedimentos oceânicos.

Nessa conexão, Kerry Emanuel, especialista em meteorologia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, afirma que o alarmante prognóstico dos pesquisadores da Califórnia parece ser bastante plausível.

Quanto ao desaparecimento das nuvens, os cientistas também asseguram que é um processo que se deve a vários fatores. No entanto, as estatísticas sobre a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera são realmente alarmantes. Desde 1955, a concentração deste gás cresceu em um terço. Se o processo continuar com a mesma velocidade, a humanidade pode chegar a um ponto sem retorno antes do final do século.

Entretanto, os especialistas confirmam que a humanidade é capaz de evitar a repetição do cataclismo devastador do Paleoceno-Eoceno se cumprir as condições do Acordo de Paris.

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