Maduro conta com o apoio militar da Rússia contra os EUA? Chanceler venezuelano responde

© REUTERS / Carlos Garcia RawlinsJorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, em 12 de agosto de 2017
Jorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, em 12 de agosto de 2017 - Sputnik Brasil
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Diante das ameaças militares contra a Venezuela, o chanceler venezuelano Jorge Arreaza falou nesta quarta-feira sobre a longa história de cooperação militar com a Rússia, um dos países que apoiam o governo do presidente Nicolás Maduro, que está sob forte pressão internacional.

Em entrevista à Sputnik, Arreaza destacou que crê em um aumento dessa cooperação militar com Moscou, respondendo ainda se Caracas buscaria ajuda militar da Rússia em o caso de uma invasão dos EUA.

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"Temos uma cooperação militar muito, muito importante com a Rússia. Temos mais de 15 anos, e só vai melhorar no futuro", declarou o ministro de Relações Exteriores da Venezuela.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou repetidamente os Estados Unidos de tramar uma intervenção militar desde que apoiou a tentativa ilegal do líder da oposição Juan Guaidó pelo poder. 

Também presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Guaidó declarou-se presidente interino em janeiro, mas foi denunciado como um fantoche dos EUA por Maduro, que é apoiado pela Rússia, China e vários outros países.

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Dirigindo-se ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, Arreaza criticou os EUA por perdas de US$ 30 bilhões em ativos "confiscados" por Washington desde novembro de 2017, uma vez que Caracas segue vivendo sob sanções.

O chanceler venezuelano sugeriu que Maduro e o presidente dos EUA, Donald Trump, se reúnam para "tentar encontrar um terreno comum e explicar suas diferenças". Além disso, Maduro também "está pronto para o diálogo" com a oposição venezuelana, acrescentou.

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Dezenas de diplomatas, principalmente de países latino-americanos – incluindo o Brasil –, saíram quando Arreaza começou a falar, enquanto alguns embaixadores europeus boicotaram o discurso.

"Há uma tentativa por parte de poderes externos de derrubar um governo eleito, o que vai contra todas as regras do direito internacional", disse Arreaza. "No ano que vem, a Venezuela não deveria voltar e se referir às vítimas da guerra contra o meu país, o derramamento de sangue venezuelano, e de fuzileiros navais dos EUA na Venezuela", completou.

Apesar da busca pelo diálogo com os EUA, a administração Trump já descartou qualquer possibilidade de negociação com Maduro.

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