Sem brinquedos: Nem crianças escapam da disputa de Trump com a China, diz jornal

© AP Photo / Andy WongPresidente dos EUA, Donald Trump, acena ao lado do presidente chinês, Xi Jinping, após coletiva de imprensa em Pequim, 9 de novembro de 2017
Presidente dos EUA, Donald Trump, acena ao lado do presidente chinês, Xi Jinping, após coletiva de imprensa em Pequim, 9 de novembro de 2017 - Sputnik Brasil
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A crescente incerteza sobre o comércio entre a China e os Estados Unidos pode afetar toda a indústria de brinquedos, aumentando os preços para os consumidores americanos e deixando os produtores chineses fora do mercado americano.

Os fabricantes chineses representam quase 85% dos jogos e brinquedos vendidos nos EUA, enquanto a China tem um mercado consumidor em expansão que deve ultrapassar os EUA em 2022, segundo o jornal South China Morning Post.

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Os lucros de produtos com o selo "Made in the USA" foram afetados pelas atuais tarifas dos EUA sobre matérias-primas da China, de acordo com Aaron Muderick, fundador da empresa Puttarworld da Crazy Aaron, na Pensilvânia, conforme citado pela publicação. Ao mesmo tempo, a fabricante de brinquedos expressou preocupação com a perda de impulso no mercado chinês em rápido crescimento.

"Nós investimos muito tempo e dinheiro. Se isso cria um mercado onde o produto não é bem-vindo, onde há tarifas de retaliação que impossibilitam que eu alcance esse consumidor, então eu perco", afirmou.

De acordo com Muderick, os lucros de 2018 foram atingidos pelas tarifas sobre o aço, mas ele conseguiu evitar grandes perdas com as tarifas de borracha de silicone, já que comprou a oferta em antecipação a uma taxa. O produtor supostamente espera um lucro maior neste ano se Washington aumentar as tarifas de US$ 200 bilhões em importações chinesas de 10% para 25%.

"Se chegar a 25%, as empresas vão parar de funcionar ou reduzirão os empregos", disse Neil Helfand, advogado especializado em comércio.

No entanto, os produtores chineses não registraram queda no interesse dos compradores americanos até agora, segundo May Liang, presidente da Associação de Brinquedos e Produtos Juvenis da China.

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"Alguns membros se sentem inseguros, mas o negócio está indo muito bem", destacou. "Acreditamos que os brinquedos são realmente focados no consumidor, especialmente nas festas de fim de ano, então achamos que os brinquedos não deveriam estar na lista de tarifas porque isso prejudicará os consumidores".

O mais recente otimismo expresso pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre um possível acordo comercial com a China mostra que é improvável que as tarifas sobre brinquedos sejam aplicadas, de acordo com o presidente-executivo da Associação de Brinquedos de Nova York, Steve Pasierb.

"Este é um cenário direcionado por tweets que estamos aqui […] para que você possa ver isso", avaliou ele ao jornal chinês.

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